PAINEL DO BASQUETE FEMININO

Silvinha estreia e Ourinhos vence.

A segunda rodada do returno da primeira fase do Campeonato Paulista Feminino da Série A-1 foi complementada nesta quarta-feira (30 de abril), no ginásio José Maria Pascholik (Monstrinho), em Ourinhos (SP), com a vitória do Ourinhos/Unimed/Pão de Açúcar sobre o Santa Maria/São Caetano por 79 a 65 (32 a 38 no primeiro tempo).

A partida teve dois momentos distintos. A equipe visitante, comandada pelo técnico Norberto José da Silva (Borracha), foi melhor no primeiro tempo e a da casa, dirigida por Edson Ferreto, teve uma melhor produção no segundo tempo. Os destaques do jogo foram Silvinha (31 pontos) e Kátia (10 pontos), pelo time da casa, Grazi (16 pontos e 11 rebotes – ‘double-double’) e Lú (09 pontos).

A terceira rodada do returno será disputada no dia 06 de maio (terça-feira), com a realização de três partidas.

Ourinhos/Unimed/Pão de Açúcar x São Paulo/Guaru, às 20h00, em Ourinhos (SP)
AD Santo André x Databasket/São Bernardo, às 20h00, em Santo André (SP)
Unimed/Americana x Santa Maria/São Caetano, às 20h00, em Americana (SP)

São José do Rio Preto

Marcus Gama, ex técnico de Campos parece estar montando time em São José do Rio Preto.

Do vinho pra água!

O São Paulo-Guaru saiu do céu ao inferno em apenas três meses.

A equipe conquistou seu primeiro título do Nacional feminino em janeiro, ao bater o Americana no mata-mata final, por 3 a 0. No Paulista-2003, porém, o time ocupa o último lugar, com sete derrotas em sete partidas.

O São Paulo-Guaru conta com o segundo pior ataque (média de 66,7 pontos por partida) e a defesa mais vazada do campeonato (79,5 pontos por jogo).

"Não sabemos o que está acontecendo. Nosso grupo ficou enfraquecido após o Nacional, mas não esperávamos um desempenho tão ruim", admite Marcos Vilela, diretor de basquete do São Paulo.

Após o Nacional, o clube perdeu suas duas estrelas, a ala Janeth e a pivô Erika, que irão disputar a temporada da WNBA. Janeth irá defender o Houston, e Erika atuará pelo Los Angeles, atual bicampeão da liga norte-americana.

"A saída delas trouxe uma queda no nível técnico do time. Isso pesa. Levará algum tempo para obtermos a recuperação", analisa Ulisses Pinto, chefe da divisão técnica de esportes do Guaru.

Para amenizar o problema, a diretoria do Guaru e do São Paulo fariam uma reunião de avaliação da equipe nesta quarta-feira à noite. Algumas jogadoras, com fraco desempenho, podem ser dispensadas.

"Vamos avaliar bem o custo-benefício para não cometermos injustiças", afirma Pinto, que garantiu que o técnico Alexandre Cato não corre o risco de cair. "Acreditamos que ele vem fazendo um bom trabalho e não é culpado pela situação da equipe", completa.

Imerso em problemas após a saída de Janeth e Erika, o time também não tem contado com a sorte. O clube está desfalcado de duas atletas importantes, a ala-pivô Simone Pontello e a pivô Ana Lúcia. Pontello sofreu uma distensão muscular na perna direita e jogou pouco neste Paulista -ainda deve voltar ao time.

O caso de Ana Lúcia, que teve uma lesão no tornozelo, é mais grave. Ela terá que passar por uma cirurgia e está fora do Estadual.

A queda do São Paulo-Guaru pode ser bem medida pelas estatísticas, com a saída Janeth e Erika sendo determinantes para a perda de produtividade da equipe.

A ala foi a cestinha do Nacional-2002, com média de 23,9 pontos por jogo, e a líder nas assistências (4,4 por partida). Erika foi a terceira melhor reboteira da competição (12 rebotes por jogo).

Os destaques do São Paulo-Guaru neste Paulista ostentam números bem mais modestos.

A armadora Karla é a terceira cestinha do Estadual, com média de 17,6 pontos por jogo. É a única que se sobressai. Ana Lúcia, que nem irá atuar mais no Estadual, é a 12ª nos rebotes (5,5 por jogo). Já a armadora Sandra é a décima nas assistências (2,9 por partida).

O único ponto positivo encontrado com a saída das duas estrelas foi a redução dos custos da equipe. Sem Janeth e Erika, os parceiros São Paulo e Guaru, clube ligado à Prefeitura de Guarulhos, gastam menos de R$ 50 mil mensais para manter o time -uma queda de 50% em relação ao Nacional. Mas esse valor será alterado no segundo semestre.

"Para o próximo Nacional a equipe será modificada. Queremos disputar o título", diz Vilela.

Érika e Iziane

Iziane e Érika já acertaram suas participações na WNBA, e não vão defender o Brasil no mundial Sub 21. Será que a nossa seleção consegue alguma coisa sem as nossas principais jogadoras?