quinta-feira, 26 de junho de 2003

BRASIL VENCE ARGENTINA, GARANTE VAGA NA FINAL E LIDERANÇA INVICTA


No encerramento da quarta rodada do 28º Campeonato Sul-Americano Adulto Feminino de Basquete, que está sendo disputado na cidade de Loja, no Equador, o Brasil venceu a Argentina por 89 a 63 (41 a 39 no primeiro tempo). As cestinhas da partida foram a armadora Adrianinha e a pivô Cintia Tuiú, ambas do Brasil, com 23 e 19 pontos, respectivamente. Nos outros dois jogos da rodada, o Chile derrotou o Peru por 77 a 63, enquanto a Venezuela ganhou do Equador por 99 a 71. As brasileiras voltam à quadra nesta quinta-feira, às 23:30 horas de Brasília, para enfrentar o Equador.

A quinta e última rodada da fase de classificação terá ainda Venezuela x Peru (19:30h) e Argentina x Chile (21:30h) decidindo o segundo lugar e uma vaga na final de sexta-feira contra o Brasil, que já está classificado para os Jogos Pan-Americanos e o Torneio Pré-Olímpico. O Brasil lidera com oito pontos ganhos (4 vitórias), seguido da Argentina e do Chile, ambos com sete (3 vitórias e uma derrota).

— A equipe estava desconcentrada no primeiro tempo, bobeando na defesa e errando algumas bolas. Além disso, elas acertaram muitos arremessos e mantiveram a partida equilibrada. No terceiro quarto, recuperamos a confiança e passamos a defender melhor. Isso fez com que o nosso contra-ataque funcionasse e passamos a frente no marcador abrindo uma vantagem de 12 pontos (65 a 53). No último período, a equipe esteve perfeita em todos os fundamentos e comprovamos nossa superioridade — explicou a armadora Adrianinha.

De acordo com o regulamento da competição, as duas primeiras colocadas na soma de pontos das cinco rodadas disputam o título na sexta-feira (dia 27). O campeão e o vice-campeão do Sul-Americano garantem suas vagas nos Jogos Pan-Americanos da República Dominicana (2 a 9 de agosto), enquanto os três primeiros colocados se classificam para o Torneio Pré-Olímpico do México (24 a 28 de setembro).

BRASIL (21 + 20 + 24 + 24 = 89)
Adrianinha (23), Micaela (14), Lilian (8), Cintia Tuiú (19) e Kelly (10). Depois: Jacqueline (9), Cristina (2), Mamá (2), Geisa (2) e Ega (0). Técnico: Antonio Carlos Barbosa

ARGENTINA (23 + 16 + 14 + 12 = 63)
Laura Nicolini (10), Alejandra Chesta (17), Marcela (10), Erica (14) e Alejandra Fernandes (0). Depois: Deborah (2), Paula (0), Natalia (8), Sandra (2), Maria Cecilia (0) e Carolina (0). Técnico: Eduardo Pinto.

BRASIL BUSCA 19º TÍTULO E BARBOSA ESTÁ PRÓXIMO DE RECORDE HISTÓRICO

Com a vitória sobre a Argentina por 89 a 63 (41 a 39 no primeiro tempo) quarta-feira à noite, o Brasil garantiu sua vaga na final do 28º Campeonato Sul-Americano Adulto Feminino de Basquete, que está sendo disputado em Loja, no Equador. O adversário dos brasileiros nesta sexta-feira, às 22:30 horas de Brasília, será o vencedor do confronto entre Argentina x Chile (quinta-feira – 21:30h). Nas 27 edições anteriores, o Brasil foi campeão 18 vezes.

Quem tem motivos para comemorar é o técnico Antonio Carlos Barbosa, de 58 anos. Esse paulista de Bauru dirige a equipe brasileira adulta pela sétima vez e já conquistou cinco títulos e um vice-campeonato. Uma vitória na decisão desta sexta-feira colocará Barbosa como sendo o técnico brasileiro recordista de títulos sul-americanos adultos, superando Togo Renan Soares “Kanela” que ganhou cinco. Até a quarta rodada do Sul-Americano do Equador, Barbosa disputou 39 jogos e venceu 38. A única derrota foi para o Peru (86 a 81) na final do Sul-Americano de 1977, realizado no Peru.

FINAL CONTRA A ARGENTINA
— A Argentina fez um bom jogo contra o Brasil na quarta-feira. Elas fizeram um bom primeiro tempo com bons arremessos de fora e jogaram buscando dificultar a nossa posse de bola. Em uma final, não podemos repetir a falta de atenção defensiva apresentada na primeira partida. Com certeza, não podemos negar que somos favoritos ao título, mas temos que provar isso em quadra.

FINAL CONTRA O CHILE
— Para mim, o Chile foi a equipe que mais evoluiu e merece estar na final. O técnico cubano Carlos Yanes vem desenvolvendo um trabalho sério e conseguiu unir experiência e juventude. A equipe conta com uma ótima pivô, Tatiana Gomez, e é uma seleção que joga um basquete rápido e tem um bom arremesso de média distância.

ANÁLISE DA COMPETIÇÃO
— Ainda há uma grande distância entre o nível do basquete brasileiro para o das outras seleções do continente. Com exceção do Peru, as demais equipes evoluíram em relação ao último Sul-Americano e se aproximaram mais da Argentina. Quem mais cresceu foi o Chile. A Venezuela tem boas jogadoras, principalmente a Villarroel, mas falta equilíbrio nos momentos decisivos das partidas. A Argentina está passando por uma renovação, mas mantém a mesma filosofia de trabalho há dez anos, quando o técnico Eduardo Pinto assumiu a seleção, treinando todas as categorias. Isso dá à equipe uma identidade de jogo bem definida. Quanto ao Brasil, fizemos nossa parte, buscando melhorar técnica e taticamente a cada partida. Treinamos em um ritmo bastante forte, visando às outras competições

JOGOS PAN-AMERICANOS
— Embora muitos digam que a competição está esvaziada, para mim é muito importante. Teremos um tempo razoável de treinamentos, incluindo quatro amistosos contra a Rússia, atual vice-campeã mundial. A ala Silvinha voltará à equipe e provavelmente contaremos com a pivô Alessandra e ala Leila. Vamos a Santo Domingo em condições de brigar por uma medalha que, por uma fatalidade, nos escapou no Pan de Winnipeg, em 1999.

RECORDISTA DE TÍTULOS
— É muito emocionante fazer parte da história do basquete brasileiro de maneira positiva. Atravessei gerações tanto de atletas como de presidentes da CBB. Isso mostra a confiança depositada em meu trabalho, o que é tão importante quanto os títulos ou recordes. Essa é a minha grande conquista.

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