quarta-feira, 24 de setembro de 2003

Coluna do Fernando Santos - LANCE!

Cadê as Mulheres?

Fernando Santos

Basquete feminino: os homens dominam

Senhoras e senhoritas, calma! Esta não é uma coluna machista e nem tem a menor pretensão de defender a tese de que os treinadores são melhores do que as treinadoras. Mas chama a atenção o domínio masculino no basquete feminino mundial.
Na WNBA, nenhuma mulher conseguiu levar um time ao título em sete anos da liga norte-americana. Os quatro primeiros títulos foram conquistados por Van Chancellor, com o Houston Comets. O ex-ala do Lakers Michael Cooper ganhou em 2001 e 2002 com o Los Angeles Sparks. Este ano, a glória coube ao ex-bad boy Bill Laimbeer, que devolveu a Detroit um título 13 anos após ser campeão pela NBA com o Pistons.
Chama a atenção também que no Brasil a situação se repete. A Seleção feminina é dirigida por Antonio Carlos Barbosa. Que tem como auxiliar Lais Elena, a batalhadora treinadora de Santo André.
Desde a era Maria Helena, até o início dos anos 90, a Seleção não tem um comando feminino. Chama a atenção também que no vôlei a situação é parecida. Mais grave, do lado feminista. A Seleção Brasileira jamais teve uma mulher no comando.
Como disse no início da coluna, não se trata de apontar as razões ou defender algum tipo de supremacia. Mas o basquete brasileiro já poderia ter iniciado uma nova geração de mulheres treinadoras.
Paula e Hortência eram as primeiras candidatas, mas mudaram de direção. Hoje, estão mais para cartolas. Branca, irmã de Paula, mostra competência como comentarista. Quem mais poderia defender a “classe”? Mulheres, ação!


O primeiro título da família Malone

Finalmente, Karl Malone conseguiu um título. Foi graças a sua filha, Cheryl Ford, caloura do ano e campeã da WNBA pelo Detroit Shock. Cabe agora ao pai, após 18 anos na NBA, ganhar o seu próprio título. Após passar em branco no Utah Jazz, ele terá a grande chance no Dream Team do Lakers.

Lances livres


> Por falar em mulheres, a Seleção Brasileira feminina teve uma estréia fácil no Pré-Olímpico. Se não cometer nenhuma falha grave, terá caminho tranqüilo rumo aos Jogos de Atenas, no próximo ano. Uma competição à altura para a despedida de Janeth.

> Michael Cooper, o técnico do Los Angeles Sparks, ainda está fininho, quase em forma. Já o briguento Bill Laimbeer está mais para um guard do futebol americano. Os dois podem, em breve, trocar a WNBA pela NBA. Propostas (e vagas também) não faltarão.


Fonte: Lance


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