quarta-feira, 16 de junho de 2004

FIBA MUDA CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO PARA OLIMPÍADA E MUNDIAL

Em reunião realizada em Paris, o Central Board da FIBA (Federação Internacional de Basketball), baseada na recomendação da Comissão de Competições Internacionais da entidade, decidiu fazer algumas mudanças na estrutura de classificação dos Jogos Olímpicos e dos Campeonatos Mundiais. Os campeões olímpicos (masculino e feminino) estarão automaticamente classificados para o Campeonato Mundial, a partir da Olimpíada de Atenas (2004). Os campeões mundiais (masculino e feminino) estarão automaticamente classificados para os Jogos Olímpicos, a partir do Mundial de 2006.

Também de acordo com a resolução da FIBA, antes da Olimpíada de Pequim (2008) será realizado um Torneio Mundial (masculino e feminino), que dará chance para as seleções que não se classificaram nos Torneios Pré-Olímpicos Continentais. O “Qualifying” Mundial classificará três seleções masculinas e cinco femininas. As datas para esses dois torneios serão estudadas posteriormente pela Comissão e aprovada pelo Central Board da FIBA, em novembro de 2004.

— Foi uma decisão acertada porque é um critério mais justo e coerente pelo equilíbrio que existe no basquete mundial. Dessa forma, todos os países passam a ter mais uma oportunidade de classificação para a Olimpíada. No masculino, nove das 12 vagas serão preenchidas pelo campeão mundial (1), país sede (1), Europa (2), Américas (2), Ásia (1), África (1) e Oceania (1). As outras três vagas serão disputadas por 16 países no Qualifying Mundial — explicou o presidente da CBB, Gerasime Grego Bozikis, que faz parte da Comissão de Competições Internacionais da FIBA.

— Acredito que esse novo critério de classificação é mais justo e deixará as competições olímpicas ainda mais equilibradas. O sistema atual acaba deixando de fora equipes fortes com condições de disputar uma olimpíada, como Cuba e Polônia, por exemplo. Também concordo com a classificação do campeão mundial para os Jogos Olímpicos. É mais uma forma de valorizar a conquista — comentou o técnico da seleção brasileira feminina, Antonio Carlos Barbosa.

— Todos os países estavam pedindo uma mudança na forma de disputa das vagas para esses campeonatos, levando em consideração que as outras modalidades têm várias chances. O basquete está reconhecendo o quanto é duro se classificar para as Olimpíadas. Essa mudança, embora não tenha aumentado o número de vagas, dá uma segunda chance de classificação às seleções — declarou o técnico Lula Ferreira, da seleção brasileira masculina.

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