domingo, 29 de agosto de 2004

Ginóbili e Leslie são eleitos melhores dos Jogos


Atenas (Grécia) - Líderes das equipes campeãs, o argentino Emanuel Ginóbili e a norte-americana Lisa Leslie foram eleitos os melhores jogadoras da competição de basquete nas Olimpíadas de Atenas.
Ginóbili comandou o inédito triunfo argentino, sendo o destaque na final contra a Itália, com 16 pontos, seis rebotes e seis assistências.

O jogador também foi vital na vitória dos EUA e no triunfo de estréia contra Sérvia e Montenegro, quando marcou a cesta no último segundo que deu a vitória aos argentinos.

Os argentinos Luis Scola, Walter Herrmann, Ruben Wolkowyski e Alejandro Montecchia também foram votados, assim como o italiano Giacomo Galanda e o espanhol Pau Gasol.

No feminino, Leslie teve uma média de 15,3 pontos por partida, liderando os EUA na conquista do tricampeonato olímpico. As norte-americanas Tina Thompson e Sheryl Swoopes, a australiana Lauren Jackson, a espanhola Nuria Martinez, a nigeriana Mfon Udoka e a russa Maria Stepanova também foram votadas.


Quarto lugar não é pesadelo para Barbosa


Atenas (Grécia) - Fora do pódio pela primeira vez em três edições olímpicas, o técnico da seleção brasileira feminina de basquete, Antonio Carlos Barbosa, fez questão de ressaltar que o resultado não foi uma tragédia. 'Não somos melhores do que ninguém. Podemos ganhar ou perder. Preocupante seria não virmos para os Jogos Olímpicos. São poucas as equipes no mundo que conseguem se manter na elite há dez anos. Temos que continuar o trabalho. Não é nenhum pesadelo ficar em quarto. Acho que não houve nenhuma hecatombe'.
Destaque do Brasil em Atenas, a pivô Alessandra acha que é hora de do futuro da modalidade ser repensado. 'Temos que pensar já no Mundial de 2006. Este é o momento. Alguma coisa está acontecendo de errado. O problema não é só no adulto, tem que se olhar para a base. Há necessidade de se investir na escola, trabalhar com crianças de 9-10 anos. O Brasil também está carente de técnicos, tanto no masculino quanto no feminino', analisa.

Presente nas campanhas olímpicas desde Barcelona-92, a ala Janeth pensa que muita coisa mudou em quatro anos. 'As seleções adversárias se aperfeiçoaram. Não conquistamos a medalha, mas mantivemos a posição de quarto lugar no ranking mundial. Nos meus 17 anos de Seleção, o basquete feminino do Brasil esteve entre os melhores, apesar de todas as dificuldades. Agora temos que criar mais equipes, buscar mais patrocinadores e investir na formação de base', ressalta.

Brasileiras lamentam derrota, mas pensam no futuro


Atenas (Grécia) - A derrota para a seleção russa na disputa pela medalha de bronze do torneio feminino de basquete nos Jogos Olímpicos de Atenas abateu as jogadoras do Brasil. Depois do confronto, elas lamentaram o resultado da partida e voltaram sua atenção para o futuro. Desanimada, a pivô Alessandra deixou no ar a dúvida quanto a sua permanência no grupo.
'A gente tem de pensar que tem de voltar para o time. Eu não sei se vou voltar para a seleção, por enquanto eu não sei. Ninguém gosta de perder, é triste por isso', afirmava. 'Essa medalha de bronze era uma coisa que a gente almejava. Agora temos de ter um momento de reflexão, tem um Mundial em 2006 no Brasil e se quisermos uma medalha no Brasil muita coisa tem de mudar'.

A próxima edição do Mundial, que será disputada no Brasil, também é meta para a ala Janeth. 'São quatro Olimpíadas que tenho ajudado o Brasil, mas me sinto honrada de ter participado da seleção. Tem muita coisa pela frente. Tenho outros objetivos e agora tenho de descansar, relaxar e pensar no Mundial-2006, pois tem muitas coisas a serem melhoradas'.

Estreante olímpica, a ala Iziane foi a mais conformada com o resultado. 'Isso não foi surpresa para mim, ficar em quarto lugar'.

Janeth sai com certeza de dever cumprido



Atenas (Grécia) - Chateada com o resultado, mas não com a performance sua e da equipe. Assim a ala Janeth deixou o ginásio do Hall Olímpico de Atenas, onde o Brasil perdeu da Rússia por 71 a 62, na decisão do bronze nas Olimpíadas de Atenas.
Apesar de o país ficar fora do pódio olímpico após 12 anos, a ala deixou a Grécia como a única atleta do basquete feminino brasileiro a atingir a marca dos 500 pontos em Jogos Olímpicos. O feito foi atingido contra a Espanha e Janeth terminou a competição com 535 pontos em 29 jogos.

Na última partida, a ala fez questão de ressaltar que o time se dedicou ao máximo para conquistar a medalha. 'A gente mudou a defesa, a atitude. Tentamos, corremos, lutamos, mas elas levaram a melhor. Talvez a equipe delas tenha mais vantagens que a nossa', explicou.

Para Janeth, a sua atuação em Atenas a deixa satisfeita. 'Sei que me dediquei ao máximo, tentei de tudo. Fizemos tudo o que foi possível, mas não conseguimos melhorar o nosso ranking. Não saio decepcionada, mas sim chateada por não ter conseguido o resultado', disse.

Segundo ela, o problema nos rebotes (a Rússia apanhou 41 contra 28 do Brasil) já era esperado pela equip. 'A gente perde em algumas coisas. Uma delas é a altura, nem tanto nas pivôs mas nas laterais como eu', comentou

Brasileiras conformadas com quarto lugar


Atenas (Grécia) - Derrotadas pela segunda vez pela Rússia, as brasileiras evitaram as desculpas e mostraram um quadro de conformismo após o revés sofrido por 71 a 62, na manhã deste sábado, que tirou o Brasil do pódio do basquete feminino nas Olimpíadas de Atenas.
A equipe esteve bem em todo jogo, manteve o equilíbrio até o terceiro quarto, mas teve um início desastroso no último período e não conseguiu mais se recuperar. Com isso, a seleção ficou fora do pódio pela primeira vez após a prata em Atlanta-1996 e o bronze em Sydney-2000.

Com 13 pontos na partida, a pivô Alessandra preferiu não polemizar. 'Acho que agora não é hora de falar o que erramos. Temos de analisar e ver o que aconteceu. Ninguém gosta de perder e estou triste por isso', avaliou.

Para a ala Iziane, os erros nos arremessos de três pontos foram decisivos na partida. 'A gente teve um baixo aproveitamento. Hoje (sábado) as bolas de três não caíram. É uma bola que costuma cair e quando isso não acontece, faz muita falta', analisou.

Em todo jogo, o Brasil acertou apenas duas das 13 tentativas, um aproveitamento de 15%. A única a acertar foi a armadora Adrianinha, no terceiro quarto, quando a equipe abriu cinco pontos de frente (46 a 41).

'Realmente os três pontos foi bem abaixo do que a gente esperava. Também erramos em outros pontos, falhamos na defesa. Mas agora acabou, paciência', destacou a ala Helen, que fez apenas dois pontos no jogo, acertando apenas um dos cinco arremessos que tentou.


Precipitado, Brasil perde da Rússia e fica fora do pódio



Atenas (Grécia) - Dominado no garrafão e com Janeth em atuação apagada, o Brasil ficou fora do pódio olímpico pela primeira vez em três edições. Prata em Atlanta-1996 e bronze em Sydney-2000, a equipe foi batida pela Rússia por 71 a 62 (32 a 32 no primeiro tempo), na decisão do terceiro lugar das Olimpíadas de Atenas.
Com isso, o Brasil perde a chance de subir ao pódio, mostrando as mesmas falhas dos últimos jogos na Grécia: dependência de Janeth, limitação de jogadas e precipitação no ataque.

A Rússia chegou a estar seis pontos atrás no placar, mas foi se tranquilizando aos poucos e, no último quarto, aproveitou uma série de erros brasileiros para vencer a partida, conquistando assim a medalha de bronze.

A ala Janeth, que só havia marcado seis pontos nos três primeiros quartos, melhorou nos minutos finais, quando a Rússia já tinha nove pontos de vantagem. O Brasil ainda tentou uma reação, que foi parada por uma boa marcação russa.

Sem opções, o ataque brasileiro cansou de errar nos arremessos finais e acabou tendo de se contentar com o quarto lugar nos Jogos de Atenas.

A cestinha do Brasil nesta manhã foi a ala Iziane, com 16 pontos, um a mais que Janeth. Pela Rússia, o destaque foi a armadora Gustilina, com 12 pontos, enquanto a pivô Osipova foi vital no garrafão, com dez rebotes. No total, as russas apanharam 41 rebotes, 13 a mais que o Brasil.

A partida
O Brasil começou muito bem na partida com as jogadas no garrafão e boas infiltrações de Iziane no início. Com uma boa marcação, o Brasil abriu cinco pontos de vantagem (20 a 15) no final do primeiro quarto, mas a Rússia descontou com um arremesso de três pontos.

No período seguinte, o time brasileiro ficou mais nervoso e passou a errar mais. Mas as russas também falhavam nos arremessos e o jogo ficou mais de dois minutos sem pontos, quando Janeth infiltrou e deixou o Brasil com 26 a 22.

Em seguida, Alessandra aproveitou contra-ataque e levou o país a seis pontos de frente, mas uma bobeira acabou com toda a vantagem. O técnico Antonio Carlos Barbosa reclamou da arbitragem, tomou uma falta técnica e as russas diminuíram a liderança brasileira para 28 a 27.

A partir daí, o jogo ficou bastante equilibrado nos erros e a Rússia só conseguiu o empate por 32 pontos, a 30 segundos do final, com um tiro certeiro de Gustilina da linha dos três pontos.

No terceiro quarto, a Rússia iniciou bem e assumiu a liderança com cesta de três de Baranova. Mas a festa russa parou por aí. Nos minutos seguintes, Adrianinha acertou dois arremessos de três pontos e o Brasil abriu 44 a 41.

Quando as brasileiras se animavam, o time passou a errar demais no garrafão. A Rússia cansou de pegar rebotes na defesa brasileira e conseguiu virar no final do quarto, com uma cesta de Shchegoleva, que deixou a Rússia com 47 a 46.

No último período, a impressão do jogo equilibrado acabou. Nos primeiros quatro minutos, o Brasil teve um desastroso desempenho. O time cansou de errar no ataque, marcou apenas um ponto (com lance livre de Janeth) e a Rússia abriu nove pontos, com boa atuação de Stepanova e Arkhipova.

A partir daí, Janeth comandou a reação brasileira. A ala assumiu a responsabilidade na hora dos arremessos e fez o Brasil diminuir a vantagem russa para três pontos (57 a 60). Mas a Rússia aumentou a marcação na experiente brasileira e a reação parou por aí.

Com uma série de erros do ataque rival, a Rússia apenas controlou a vantagem para conquistar a medalha de bronze.

Fonte: Gazeta Esportiva




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