quinta-feira, 28 de julho de 2005

Janeth faz 13 pontos na segunda vitória seguida do Houston, em cima do New York

Depois de sua melhor atuação na temporada com 23 pontos e quatro assistências decidindo a vitória do Houston Comets por 83 a 65 sobre o Washington Mystics, a veterana ala brasileira Janeth Arcain contribuiu com 13 pontos e três rebotes na reação do time texano que virou a partida contra o New York Liberty para 71 a 69 (30 a 43 no intervalo) em Nova York, com uma cesta da pivô Michelle Snow fechando o placar faltando 0,3 segundo. A ala tricampeã olímpica Sheryl Swoopes comandou o Houston com 21 pontos e quatro assistências, e a ala-pivô Tina Thompson ajudou com 17, além de oito rebotes, contra 15 pontos da armadora All-Star Becky Hammon para o Liberty (11V-10D). O Comets (14V-9D) é o vice-líder da Conferência Oeste, enquanto o campeão Seattle Storm (12V-10D) da ala brazuca Iziane Castro Marques aproveitou as derrotas dos rivais diretos Los Angeles Sparks e Minnesota Lynx para voltar à zona de classificação aos playoffs e amanhã busca a quinta vitória consecutiva jogando em casa contra o lanterna geral Charlotte Sting (3V-19D).

O jogo de ontem no Madison Square Garden nova-iorquino com 10.599 pagantes caminhou equilibrado com uma série de empates até 14 a 14, aí o time da casa se impôs no ataque e abriu 27 a 16 com duas bandejas seguidas da reserva Lakeshia Frett, a primeira cesta de Janeth numa bandeja reduziu a desvantagem para 27 a 18. Minutos depois, novamente o Liberty conseguiu se distanciar no marcador, uma boa infiltração finalizada por Janeth em bandeja diminuiu o déficit para 37 a 25, mas a diferença chegou a um máximo de 16 pontos (41 a 25) no primeiro tempo, a paulista de 36 anos respondeu com um lance livre e um arremesso certeiro com giro, depois o New York chegou ao intervalo com 13 pontos de frente, graças aos 10 marcados por Frett na etapa inicial.

No segundo tempo, o Comets voltou mais ligado e reagiu gradualmente. Dois lances livres de Janeth reduziram a diferença para 60 a 55 faltando 7min09s. Um arremesso certeiro com giro da brasileira colocou 63 a 59 no placar a 5min18s do final e uma bandeja dela encostou em 65 a 62 faltando 3min15s, esse foi seu 13o ponto, mas teve resposta rápida de uma cesta da rival Shameka Christon. A bicampeã olímpica Tina Thompson acertou um gancho, Sheryl Swoopes emendou com uma bandeja, Christon converteu outra pelo Liberty chegando a seu nono ponto e Swoopes foi buscar o empate por 69 a 69 faltando 47 segundos com uma bandeja sofrendo falta de Christon e o lance livre de bonificação convertido. A ala Crystal Robinson errou o arremesso no ataque seguinte e Michelle Snow pegou o rebote. No ataque decisivo do Houston, uma bola de Janeth bateu no aro, Snow pegou o rebote ofensivo e fechou o placar faltando três décimos de segundo. O arremesso desesperado de Christon no estouro do cronômetro só bateu na tabela, e o New York não conseguiu sua quarta vitória consecutiva.

Em 31 minutos de ação como ala-armadora titular do Houston, Janeth acertou cinco em nove finalizações mais três em quatro lances livres, desperdiçou uma posse de bola e cometeu duas faltas. Contra o Washington, ela acertou incríveis 11 em 15 arremessos. Na defesa, a experiente brasileira limitou Vickie Johnson a 10 pontos e uma assistência com quatro arremessos errados em sete tentativas, e ajudou a segurar Crystal Robinson em cinco pontos e seis assistências. A pivô Michelle Snow colaborou com 10 pontos e seis rebotes para o Comets, e a armadora Dominique Canty com oito pontos e quatro assistências. Os 17 pontos e oito rebotes marcaram a melhor partida da ala-pivô Tina Thompson desde que ela reestreou no time após o nascimento do filho em maio. No lado nova-iorquino, Becky Hammon fez quatro assistências além dos 15 pontos, a pivô belga Ann Wauters marcou 11 pontos, cinco rebotes e dois tocos, e a ala-pivô russa Elena Baranova anotou nove pontos e quatro rebotes.

O Houston volta a atuar em casa no sábado contra o San Antonio SilverStars. Nesta quinta-feira o Liberty volta a jogar contra o líder geral Connecticut Sun (17V-5D), e o Washington Mystics (11V-11D) recebe o SilverStars (6V-17D). Na sexta-feira o Indiana Fever (13V-8D) pega o Mystics em Indianápolis, o Minnesota Lynx (11V-11D) encara o Phoenix Mercury (9V-12D) em Minneapolis, o líder do Oeste Sacramento Monarchs (15V-7D) recebe o Los Angeles Sparks (11V-10D) no clássico californiano, e o Charlotte pega o campeão Storm em Seattle. O time da ala maranhense Iziane faz mais dois jogos na Key Arena de Seattle contra o lanterna e o Los Angeles Sparks defendendo uma série de quatro triunfos. Pouco antes do Jogo das Estrelas da WNBA, o Storm havia perdido seis em sete partidas, estava fora da zona de classificação aos playoffs, mas apostava na reta final com a maioria dos jogos em casa. A Key Arena vem registrando uma média de 8.499 pagantes por jogo, um aumento de 15,6% com relação à média do ano passado (7.351 fãs por jogo). O elenco agradece. As reservas tambérm estão colaborando, e Izzy ganhou a sombra da russa Natalia Vodopyanova.

“O fator quadra foi maior que qualquer outro motivo na recuperação de nossa confiança como time. Podemos jogar confiantes novamente, porque antes dava para ver nosso otimismo desvanecendo com as derrotas, individual e coletivamente. Ter este apoio é importante para abrirmos uma folga na classificação até voltarmos a viajar em agosto. Obviamente voltamos à briga para ter vantagem de mando de quadra nos playoffs. Nossos fãs são incríveis e me provaram isso no ano passado. Essa série de vitórias em casa agora não me surpreende, mas não podemos menosprezar isso. Eu realmente anseio pelos jogos em Seattle, não apenas pelas vitórias aqui, mas pelo grande ambiente que nos cerca. O jogo contra o Charlotte é do tipo que deixa os técnicos mais nervosos, pois todos esperam uma vitória nossa. Enfrentar Los Angeles é a dificuldade de sempre, é um jogo muito igual. Minha filosofia está começando a mudar, sempre priorizei a defesa e agora quero pontuar mais que o adversário. Jogos de placares altos são bons desde que terminemos na frente. O foco agora é melhorar a marcação”, disse a técnica Anne Donovan sobre o fato de o Seattle ter o melhor ataque da temporada com 73,3 pontos por jogo.

“Acho que é um enorme fator ter a torcida como nosso sexto atleta, só pelo conforto de jogar em casa com a característica ofensiva e coletiva do Storm. Acho que o mais importante é ver todas jogando unidas e tendo a torcida ao nosso lado. Não acho que há muitos ambientes melhores nesta liga. Sei que Washington e New York podem ter públicos maiores, mostrando barulho e paixão pelos seus times em quadra, mas acho que não existe lugar mais confortável para jogar que Seattle. Quando estamos atrás no placar ou jogando mal, a energia que a torcida passa nos tira do buraco, me ajuda a crescer e continuar jogando. Eu me alimento muito da energia dos fãs”, afirmou a ala-armadora Betty Lennox, melhor jogadora das finais da liga em 2004.

“Para nós foi bom jogar em casa por um longo período de tempo para recuperar nossa confiança e inspiração. Temos mostrado sinais de o quanto o time pode ser bom, estou confiante de que quando chegarem os playoffs poderemos fazer o que quisermos e sonhar em repetir o título”, declarou a armadora campeã olímpica Sue Bird.

“Meus objetivos nunca mudam. Em toda temporada da WNBA que disputou meu objetivo é sempre ganhar o campeonato”, destacou a ala-pivô australiana Lauren Jackson.


Fonte: BasketBrasil

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