domingo, 25 de setembro de 2005

Basquete treina sem 4 titulares para Mundial

As meninas da equipe de basquete FIO/Pão de Açúcar/Unimed Ourinhos estão se preparando em ritmo acelerado para o Campeonato Mundial que será realizado de 11 a 16 de outubro, na Rússia. Os adversários são sete times de diferentes países dos 5 continentes. Ourinhos representa o Brasil.
Segundo o técnico do FIO, Antônio Vendramini, o treinamento tem sido com sete jogadoras do time titular, porque quatro estão na seleção brasileira de basquete disputando a Copa América. Enquanto não conta com o time completo, Vendramini utiliza garotas do infanto-juvenil para dar ritmo ao time. O resultado, para o treinador, é bastante satisfatório.
Vendramini afirma que, com o fim da Copa América, as quatro jogadoras da seleção terão três dias de descanso para se recuperar emocionalmente e fisicamente. Isso é para evitar "uma surpresa inconveniente como contusão". Ele considera que o descanso deveria até ser mais longo, mas o tempo é exíguo até o Mundial na Rússia.
Os treinos em quadra vão tomar cerca de 80% e o restante será de preparo físico em academia. A intenção é intensificar a parte técnica e, principalmente, o tático do time, considerado por Vendramini parte fundamental para trazer o título mundial para o Brasil. "O conjunto deve ser o ponto mais importante na competição", avalia.
Ele diz que é difícil saber como jogam os times adversários, já que não são seleções, mas times representando países. Muitas estrelas participarão dos jogos, como americanas que competem na WNBA, e muitas equipes contarão com jogadoras estrangeiras. "Quando é campeonato de seleção, conhecemos o sabemos o que esperar", explica o técnico, que acredita que os times russos estarão muito fortes por serem da casa e contarem com várias jogadoras estrangeiras como reforço. "O retrospecto indica que a Rússia tem as equipes mais fortes", afirma Vendramini.
O técnico ainda não sabe quando o time vai partir para o campeonato. Ele afirma que o ideal seria chegar em Samara 8 dias antes da competição para que as jogadoras se adaptem ao fuso horário, explicando que o organismo humano leva um dia para cada hora de diferença na adaptação do relógio biológico. O técnico diz, porém, impossível antecipar a viagem devido à falta de verba.
Ainda assim, Vendramini admite que vai tentar, com auxílio médico, mudanças nos horários de treino e de descanso das jogadoras, a fim de estabilizar o organismo das garotas para a competição.
O técnico admite que nenhuma das participantes fala o idioma russo: "E nem vão aprender", brinca. Ele diz que "basquete não tem idioma", lembrando que a arbitragem da modalidade é feita exclusivamente por intermédio de gestos.

Fonte: Debate


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