domingo, 30 de julho de 2006

Fundo do poço - Reunião entre clubes vai tentar definir futuro do basquete nacional

Diversos assuntos polêmicos estarão em pauta no encontro do próximo dia 10


São Paulo (Agência Estado) - Foi preciso que o basquete brasileiro chegasse ao fundo do poço para que clubes rivais fora de quadra concordassem em se reunir no dia 10, na sede da Federação Paulista, para discutir os rumos do esporte. Na pauta estão assuntos como a saída de patrocinadores, o êxodo precoce de atletas para o exterior, a recusa de jogadores em defender a seleção brasileira enquanto os clubes da Nossa Liga de Basquete (NLB) reclamam que seus atletas não são chamados por motivos políticos e, principalmente, o formato do Campeonato Brasileiro e a participação dos clubes nas negociações financeiras do evento. O encontro pode iniciar uma mudança radical no basquete.

O vice-presidente do Winner Limeira, Cássio Roque, disse que os clubes estão concluindo que o racha no esporte e a realização de dois torneios - um organizado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e outro pela NLB - não são bons para ninguém, especialmente em termos financeiros.

Os dirigentes da CBB e da liga não estão convidados para esse primeiro encontro, mas podem ser chamados posteriormente. 'Após o encerramento do campeonato da NLB, todos os envolvidos - times, dirigentes e TV - se reuniram. Chegamos à conclusão que seria interessante se todos os clubes sentassem para conversar', afirma Cássio. Segundo o dirigente, todos os times que disputaram a NLB e o Nacional da CBB foram convidados. 'A idéia é criar um campeonato único', revela. Na sua opinião, o ideal seria um torneio com aval da CBB e o esquema organizacional da NLB, onde os clubes tem mais participação na elaboração da tabela, nas negociações com as TVs e com os patrocinadores. O dirigente limeirense, atual campeão da NLB, também é a favor da participação de times de vários Estados como o Piauí, Espírito Santo, Pará e Pernambuco.

Carlos Osso, diretor de basquete do Pinheiros, acha que 'faltam líderes' ao esporte e apóia o projeto elaborado por Franca de criar uma associação de clubes para gerenciar o Nacional ao lado da CBB. Ou um manifesto dos clubes paulistas, ainda não levado adiante, de se disputar apenas o Estadual. 'O Nacional custa caro. Todos gastam muito e não obtêm resultado.' Observou que a CBB repassou R$ 17 mil aos clubes para mais de 30 jogos. Osso lamentou que, depois do fiasco do Nacional - o torneio não teve final e campeão por problemas jurídicos - times fortes como o COC/Ribeirão Preto, a Telemar/Rio e o Universo/Ajax, além de patrocinadores como a Mariner, de Franca, deixaram o basquete.


Fonte: O Liberal

Basquete brasileiro busca salvação


Kati Dias
Do Diário do Grande ABC

A crise no basquete afetou as semifinais do Paulista Feminino e tirou o brilho de uma das competições mais tradicionais da modalidade. Ourinhos, Catanduva, São Caetano e Ponte Preta disputam a fase semifinal, que começa na terça-feira, de olho nos bastidores. Isso porque o time de Campinas está na corda bamba e corre o risco de acabar. Embora represente uma das forças do basquete nacional, a Ponte Preta não possui recursos suficientes para manter uma folha salarial de R$ 50 mil. A equipe perdeu um patrocinador às vésperas do Estadual e é bancada pelos conselheiros do clube.

A derrocada da modalidade começou com a fundação da Nossa Liga de Basquete (NLB), em março de 2005. Criada pelos ex-astros da seleção Oscar, Hortência e Paula, a entidade surgiu com a missão de dar mais força política às equipes. Em represália, a CBB (Confederação Brasileira) impediu os clubes filiados à NLB de disputarem o último Nacional. Revoltadas, as agremiações entraram na Justiça Comum com o intuito de exercer o direito de participar do campeonato, caso do Telemar/ Rio, campeão brasileiro na época. As demais equipes conquistaram vaga nos torneios estaduais.

Assim, a CBB teve de criar outro grupo com os seis clubes da NLB. Na seqüência, eles se juntariam aos demais classificados na disputa de um hexagonal e se enfrentariam em um turno único. No entanto, o campeonato foi novamente paralisado pela Justiça durante a decisão do título. O Universo/DF entrou com uma liminar na qual alegou irregularidade de um atleta do Telemar/RJ, o que anularia a semifinal. Com isso, COC/ Ribeirão Preto e Franca desistiram de lutar pela taça e o Nacional ficou sem um campeão.

No final de maio, as federações do Rio, Espírito Santo e Paraná foram aos tribunais e conseguiram o afastamento do presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego. Dois dias depois, o dirigente foi reconduzido ao cargo. Mas a crise alcançou o ápice. Três investidores peso-pesados decidiram abandonar o barco: o COC, de Ribeirão Preto, a Telemar, e a Universidade Salgado de Oliveira (Universo). O COC preferiu apostar no futebol, vai patrocinar a camisa do Botafogo por dois anos e também apoiará o Comercial, ambos de Ribeirão Preto. A Telemar preferiu destinar a verba para os Jogos Pan-Americanos do Rio. O grupo Universo deverá fechar as atividades do time de Goiás e continuar com as equipes de Uberlândia (MG) e Brasília (DF).

Cansados de esperar uma solução para a crise na modalidade, os clubes resolveram arregaçar as mangas e vão se reunir no dia 10, na sede da Federação Paulista, para discutir os rumos do esporte. Além da saída e dificuldade de captação de novos patrocinadores, estarão na pauta assuntos como o êxodo precoce de atletas para o exterior, o formato do novo Nacional e participação deles nas negociações financeiras da competição.

Embora a crise tenha afetado diretamente o basquete masculino, o feminino também se transformou em uma vítima da questão. A categoria tem sido preservada nos últimos tempos por causa do Mundial, que será realizado em setembro no Brasil. Mas a situação do basquete brasileiro tem afugentado os investidores e tirado o sono dos dirigentes.

“A crise política atrapalha muito a modalidade”, disse o supervisor da Ponte Preta, Guilherme Müller. “A Ponte não tem condições financeiras de sustentar o time. Por isso, estamos atrás de um investidor. Conseguimos fechar um contrato para as finais, mas precisamos de mais patrocinadores para manter o time em atividade pelos próximos meses”, explicou o dirigente.

Diante desta realidade, será difícil para o time de Campinas continuar vivo. E perder um adversário como a Ponte preocupa os demais times. “Segurar as atletas no Brasil está cada vez mais complicado. Não temos poder aquisitivo suficiente para mantê-las no país. Se perdemos um time como a Ponte Preta, a situação do basquete tende a piorar”, afirmou o técnico interino do São Caetano, Edson Matos, o Tico. Ele substitui o titular Norberto Silva, o Borracha, que está com a seleção. Em 2005, a modalidade perdeu uma equipe de peso, Americana, que fechou a categoria adulta após conquistar o brasileiro de 2004.

O São Caetano não corre este risco. A equipe é mantida pela prefeitura e fechou parceria com a Bombril. O acordo possibilitou a vinda de atletas de ponta, como a pivô Êga, que está com a Seleção Brasileira, e a veterana Cíntia Luz.

Sto.André sofre sem patrocínio

Do Diário do Grande ABC


Pela primeira vez, em 20 anos, o Santo André ficou de fora das semifinais do Campeonato Paulista Feminino. Para a técnica Laís Elena Aranha, o único culpado pela derrocada do time é a falta de patrocínio. “Desde que perdemos o apoio da Arcor, em 2001, tentamos nos manter. Mas a cada ano fica mais difícil. O investimento faz parte do sucesso”, disse a treinadora, que não conteve a emoção ao se lembrar do período áureo do Santo André. “Em 1999, levamos tudo: os Regionais, Abertos, Paulista, Brasileiro e Sul-Americano”, complementou.

Desde que a Arcor deixou a equipe andreense, o Santo André pôde contar apenas com o apoio da prefeitura, o que não é suficiente para trazer jogadoras de peso. Algumas atletas como Leila e Kelly, que está com a Seleção Brasileira, defenderam as cores do time em agradecimento ao clube no período em que se recuperaram de lesões.

Na atualidade, Ourinhos se transformou no adversário a ser batido no basquete feminino. Desde que Americana encerrou as atividades em 2005, a equipe do interior não conheceu a derrota e conquistou os principais títulos da modalidade. Ourinhos foi derrotado, pela última vez, em janeiro de 2005, quando Americana sagrou-se campeã brasileira. Desde então, acumula 18 meses de invencibilidade.

“O mérito é todo deles”, disse o supervisor da Ponte Preta, Guilherme Müller, que, como os demais dirigentes, já colocam o time de Ourinhos na decisão. “Não quero desmerecer a equipe de Catanduva, mas uma invencibilidade de 62 partidas tem de ser respeitada”, complementou. “Bater o Ourinhos se transformou no principal desafio de todos os clubes”, disse o técnico interino do São Caetano, Edson Matos, o Tico.

CBB e NLB: longe de um acordo

Da AE

Embora o basquete brasileiro tenha chegado ao fundo do poço, as entidades que comandam o esporte estão longe de um acordo. A CBB (Confederação Brasileira) garante que não aceitará uma liga que administre o campeonato de clubes. A NLB não vislumbra uma possibilidade de acordo com a CBB para a promoção de um campeonato único. Mas garante que organizará a segunda competição nacional. Com isso, a trégua entre as duas entidades está longe de acontecer.

O presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego, concorda com uma gestão dividida com os clubes da NLB, que, segundo ele, serão chamados para uma reunião em agosto. Em pauta, o próximo Nacional, que já tem até data: 21 de outubro a 19 de junho de 2007. “Temos 40 clubes querendo jogar, mas o Nacional terá no máximo 22 e no mínimo 18”, disse. Grego pretende manter a Comissão Executiva de Clubes e concorda com uma associação de equipes. “Mas em administração conjunta com a CBB”, afirmou.

A NLB não sabe quantos times terá em seu torneio brasileiro. “Não sei com quantas equipes, mas o nosso campeonato vai existir”, disse José Medalha, diretor-executivo da nova liga. Segundo ele, uma assembléia de clubes filiados, no dia 19, definirá a próxima temporada. “A CBB tem de parar de querer fazer o campeonato e deixar os clubes cuidarem dos torneios, como é na Itália, Espanha, Austrália, NBA...” Para Medalha, caberia à CBB “fomentar o basquete, cuidar bem das seleções, se profissionalizar”, disse. O mandato de Oscar Schmidt à frente da NLB termina em maio – pelo estatuto da entidade, não há reeleição. Medalha afirma que isso poderia ser um modelo para a CBB, em que mandatos são renovados várias vezes.

Fonte: Diário do Grande ABC

Seleção de basquete em busca das baixinhas

Agencia Estado


A seleção feminina de basquete tem um problema inusitado: faltam baixinhas para as posições de armadora e ala. A armadora Helen, de 33 anos, da geração campeã mundial na Austrália/94, vive a expectativa da volta de Adrianinha, companheira de posição, que trabalha a forma física após o nascimento da filha Aaliyah, em maio. Está treinando nos EUA e se apresenta dia 9 para a última fase de preparação para o Mundial de São Paulo, de 12 a 23 de setembro.

"Acho que a Adrianinha entrará em forma logo. Nunca teve problemas com preparação física", diz Helen, que atuou pelo espanhol Barcelona na última temporada e já tem contrato com o Rivas Futura, de Madri - jogará com a irmã Silvinha. Helen não teme ficar sobrecarregada. "Minha preocupação é fazer o time jogar. O Mundial é a cada 4 anos, não vou me encolher nem pensar individualmente."

O técnico Antônio Carlos Barbosa só terá Iziane, a única ala de velocidade,com estilo semelhante ao de Hortência, 20 dias antes do Mundial. Iziane atua na WNBA, que vai parar em cima da hora. "A posição 2 ficou resolvida com a Iziane, embora seja difícil a troca", diz Barbosa, que prepara jovens como Palmira, Tayara e Karen (ala-armadora). E ainda tem Lilian e Sílvia. "A Sil é experiente. A Tayara é uma velocista de 1,80 m."

Ontem, a seleção venceu o Chile em amistoso por 110 a 45, em São Paulo. Amanhã, viaja para o Sul-Americano do Paraguai, de terça-feira a sábado. Antes do Mundial, já em setembro, enfrentará China, Canadá e Espanha.

Fonte: A Tarde

Jundiaí é campeão pela oitava vez dos Jogos Regionais

As mulheres brilharam ontem no handebol, futebol e basquete e trouxeram ouro para Jundiaí no último dia de competições


A participação das modalidades jundiaienses no 50º Jogos Regionais de Itapetininga não poderia ter tido um desfecho melhor. A delegação comandada pelo secretário adjunto de Esportes, Alaércio Borelli, voltou ontem com mais um título, desta vez octacampeonato, num total de aproximadamente 260 pontos somados.

As modalidades coletivas de modo geral brilharam no último dia de competições, ontem. O time de basquete feminino, representado pelo Divino/COC, venceu com muita facilidade Campo Limpo Paulista por 93 a 32 na decisão e tornou-se campeão, sob o comando do técnico Jair Tavares, professora Lúcia e Nestor Mostério na direção.

Fonte: Jornal de Itupeva


Iziane preocupa técnico da Seleção Brasileira Basquete


A ala/armadora Iziane é a grande preocupação do técnico da seleção feminina de basquete, Antônio Carlos Barbosa. Enquanto a seleção treina em São Paulo visando o Mundial, em setembro, a jogadora continua atuando pelo Seattle Storm, da WNBA. A atleta não tem data para se apresentar.

A vinda de Iziane depende da performance do time dela. Enquanto a equipe estiver jogando lá, ela não vem - afirma Barbosa.

O Seattle Storm está na zona de classificação para os playoffs da WNBA, ocupando a quarta colocação na Conferência Oeste. A primeira fase do torneio termina no dia 13 de agosto.

Fonte: Veja Agora

Menina de 18 anos brilha no basquete de rua

Ivana desafia os garotos na Libbra, que chega à segunda etapa neste sábado

Rodrigo Alves


RIO DE JANEIRO - Uma semana já se passou e Ivana da Silva ainda não sabe o que fazer com o tênis masculino tamanho 45 que ganhou na abertura da Liga Brasileira de Basquete de Rua (Libbra), no último sábado. Quando escolheu o "troféu" do torneio de arremessos de três pontos, a organização do evento não esperava que uma menina de 18 anos pudesse dar uma bela lição nos marmanjos.

Dona de uma pontaria invejável, Ivana já virou figurinha carimbada na Libbra, que ocupou neste sábado o Centro Cultural e Esportivo da Cufa, no Viaduto Negrão de Lima, em Madureira.

Na edição deste ano, a jovem craque defende o SSV, que já está classificado para as semifinais. Em 2005, ela chegou à final com o Santa Mônica. Moradora de Del Castilho, Ivana treina no Fluminense e leva para a rua a habilidade que aprendeu a desenvolver na quadra. A participação no torneio de três pontos veio quase por acaso.

- Entrei sem a menor perspectiva de ganhar, fui na brincadeira. Primeiro, eliminei duas meninas, depois vieram os garotos. O primeiro fez 32 pontos e eu fui a última a arremessar. Achei que não conseguiria, mas fiz 34 - conta Ivana, sem esconder a satisfação.

Diante da vibração do público, o rival não teve outra saída a não ser adotar o fair play.

- Ele veio me dar parabéns, mas não deve ter ficado muito satisfeito, né. Agora vou tentar vender o tênis para ele - brinca.

No ano passado, Ivana já tinha desconcertado um jogador durante o intervalo das partidas, quando a organização improvisou um torneio de um-contra-um. Quando ela driblou o adversário e partiu para a cesta, a torcida invadiu a quadra para festejar.

- Não sei o que está acontecendo com esses garotos - diverte-se a atleta.

Mais que ajudar o SSV dentro da quadra de cimento, Ivana sabe que o espírito da Libbra é promover o convívio entre basqueteiros de todo o país, seja qual for a classe social.

- O relacionamento fora da quadra é ótimo, estou conhecendo várias pessoas e fazendo vínculos de amizade - relata.

O campeonato segue até 16 de setembro, com a final programada para Copacabana.

Fonte: GLOBOESPORTE.COM





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