sábado, 22 de julho de 2006

Os primeiros amistosos...

Bem, o Brasil iniciou seus amistosos preparatórios enfrentando quatro vezes o Canadá.

O mesmo Canadá contra o qual estreamos em Atlanta, nas Olimpíadas de 1996 (vitória por 69-56). E o que nos derrotou vergonhosamente em Sydney (61-60).

No feminino, o Canadá ainda tenta se reestruturar após a aposentadoria de suas estrelas. Uma dessas estrelas, Allison McNeill, é a atual técnica canadense. Ocupou a vaga em 2001, quando uma outra estrela, Bev Smith, deixou o cargo.

Se nas categorias de base, o Canadá vem sucessivamente derrotando o Brasil; no adulto, o time ainda tem suas dificuldades; agravadas pela dedicação de estrelas atuais (como Tammy Suttow Brown e Stacey Dales) à WNBA. No atual ranking da FIBA, o Canadá é o décimo quinto.

Desfalques também temos nós.

E preocupa o fato de que as duas alas 'titulares' estarem enfrentando momentos delicados. A veterana Janeth Arcain disputou sua última partida há 3 meses e só se apresenta à seleção no próximo mês. A jovem Iziane Castro atravessa péssima fase na WNBA, apesar do apoio da técnica do Seattle e de ter descansado grande parte do ano pelo sonho de jogar na liga.

Preocupa ainda armação. A convocação de Barbosa só conta com duas armadoras: Helen e Adrianinha. E a recuperação da segunda é uma incógnita.

Nas pivôs, as opções são melhores. Vai depender muito de Barbosa e das próprias atletas o alcance do equilíbrio entre os talentos e estilos individuais.

A seleção do Canadá treinava há apenas quatro dias, quando iniciou a série com o Brasil. Foi derrotado de forma maiúscula nos três primeiros jogos. No último amistoso, as canadenses engrossaram o jogo, liderando a partida na maior parte do tempo; só se rendendo ao final. Não dá pra saber se foi apenas uma coincidência ou se após três jogos, as canadenses decifraram o jogo brasileiro.

No meio da excursão, uma atleta preocupa: Micaela. A ala foi poupada por uma contratura muscular. Esperamos que não seja nada grave, principalmente considerando uma excelente atleta que ficou de fora dos últimos Mundial e Olimpíada em função de contusões.

Helen cumpriu com sua função. Como jogadora mais experiente do grupo, liderou. Foi a maior cestinha (66 pts) e se destacou em outros fundamentos, como recuperação de bolas.

Érika teve belas atuações e foi o outro pilar no ataque do time (64 pts). Pegou um total de 34 rebotes, 14 a mais que a segunda colocada (Êga).

A terceira maior pontuadora, foi a reserva Kelly (31 pontos), mesmo com produção irregular nos jogos. Uma surpresa, mas a pivô recém-recuperada de cirurgia, mostrou que tem vontade e que não vai ser fácil tirar dela a vaga para o Mundial.

Atrás dela, vem as laterais que tiveram a chance com o afastamento de Micaela: Tayara (22), Palmira (21) e Lílian (20); mais Karen (18), que aproveitou bem a ausência de armadoras no grupo.

Um aspecto que assustou no time foi a falta de dedicação aos rebotes. Fomos batidos por 146 a 132, somando-se os 4 jogos.

Como de praxe nas seleções de Barbosa, as pivôs 4 naufragam. Presente no rebote, Êga patinou na pontuação (17 pontos/4 jogos). Cíntia foi ainda mais discreta (7 pontos e 10 rebotes). Apagadíssima, Mamá não chegou a pontuar.

Vívian somou 4 pontos.

No Canadá, o maior destaque foi Amanda Brown, uma universitária da Pensilvânia, de 22 anos.

As canadenses começarão a próxima fase de treinamento com amistosos contra Espanha e República Tcheca.

E nós, contra o Chile (?), sexta-feira, no Paulistano.


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