quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Final é o objetivo da seleção feminina

Atletas acham título um sonho distante, mas crêem que podem bater os EUA


SÃO PAULO - Final. Esta é a palavra mais comum nas respostas das jogadoras da seleção brasileira feminina de basquete quando a pergunta trata do objetivo da equipe no Mundial do Brasil, que acontece entre os dias 12 e 23 de setembro, em São Paulo. Mesmo confiantes, as brasileiras acham que o título ainda é um sonho distante.

- O meu objetivo é chegar à final. O título não é um sonho impossível, mas temos consciência de que que é muito difícil alcançá-lo. Para sermos campeãs, teremos que dar mais que o máximo, ter a convicção do que temos que fazer e ir para a quadra dispostas a fazer, custe o que custar. Sabemos que os EUA têm um time experiente e muito talentoso, e ainda há adversárias muito difíceis, como a Austrália e a República Tcheca, entre outras. Mas teremos a nossa torcida conosco, e isso será um grande diferencial - diz Iziane.

Para a armadora Adrianinha, o importante é o Brasil pensar em uma partida de cada vez. Mesmo concordando com Iziane, a jogadora diz que é importante que o time se concentre sempre no próximo adversário.

- Acho que podemos chegar à final. No entanto, no último Mundial, em 2002, perdemos por um ponto para a Coréia nas oitavas-de-final e fomos eliminadas, mesmo tendo dominado a partida quase inteira. Aprendi a lição e, aqui no Brasil, vou pensar primeiro na Argentina, nossa adversária de estréia, para depois pensar nos outros jogos.

Para o técnico Antônio Carlos Barbosa, o Brasil tem totais condições de atingir as semifinais do Mundial. Depois disso, segundo ele, não se pode prever mais nada.

- À partir das semifinais, todos os times têm condições de chegar à final e de conquistar o título. O importante é chegarmos lá, vencermos as nossas partidas e crescermos na competição, com tranqüilidade e pondo em prática o que for treinado. Jogando assim teremos totais condições de ir bem no Mundial.

Completa, seleção faz seu primeiro coletivo

Com a chegada de Iziane, time já conta com todas as atletas para o Mundial


SÃO PAULO - O técnico Antônio Carlos Barbosa comandou, nesta terça-feira, o primeiro coletivo da seleção brasileira feminina de basquete, que disputa à partir do dia 12 de setembro o Mundial do Brasil, que acontece em São Paulo. Com todas as atletas à sua disposição (a ala Iziane chegou na noite de segunda-feira do Maranhão, aonde passou alguns dias descansando após o término da temporada da WNBA), o treinador pôde realizar um longo treino.

Após o aquecimento, as jogadoras realizaram movimentos táticos. Divididas em grupos de três, e atuando em meia-quadra, as brasileiras treinaram marcação sob pressão e jogadas rápidas, provavelmente prevendo duelos contra equipes que congestionarão o garrafão defensivo.

Em seguida, o treinador comandou um coletivo, no qual dividiu o grupo em três times com cinco atletas cada (a ala Palmira não participou dos trabalhos, por estar gripada), sem distinção entre titulares e reservas. Dispostas de acordo com suas posições, as jogadoras disputaram um coletivo que pareceu ter agradado ao treinador, que comemorou diversas vezes os acertos nas jogadas ensaiadas durante a semana.

- O importante neste momento não é ter determinado quem são titulares e reservas, mas sim dar entrosamento a todo o elenco. Como quatro jogadoras ainda serão cortadas, o Barbosa tem feito um trabalho voltado para que o grupo faça todo o trabalho junto. Após os cortes, e na medida em que o Mundial for se aproximando, o time será formado e o entrosamento entre as titulares será feito naturalmente - comentou a armadora Adrianinha, após o treino.

Os times que disputaram o coletivo foram os seguintes:

TIME 1 - Cíntia, Kelly, Lilian, Janeth e Adrianinha.
TIME 2 - Alessandra, Ega, Micaela, Karen e Helen.
TIME 3 - Érika, Mamá, Sílvia, Iziane e Vivian.

Torcida é o maior trunfo do Brasil



Jogadoras dizem que ginásios lotados intimidarão adversárias no Mundial



SÃO PAULO - Quando se pergunta a qualquer atleta da seleção brasileira feminina de basquete qual será o maior trunfo da equipe na disputa do Mundial, que acontece de 12 a 23 de setembro, em São Paulo, a resposta é unânime: a torcida. Para as atletas, o torcedor brasileiro tem um jeito especial e único de incentivar a sua equipe.

- Não existe, no mundo, público igual ao nosso. Eu já joguei na Itália e nos EUA, e lá os torcedores são menos vibrantes, não torcem nem incentivam como o nosso. Acredito que o Ibirapuera lotado será uma carta importante que teremos na manga nessa competição. Nossa torcida vai intimidar os nossos adversários - disse Adrianinha, após o treino desta terça-feira.

Para Janeth, os torcedores brasileiros têm um carinho muito grande pela seleção feminina, e isso fará com que lotem os estádios e levem o time adiante em todos os jogos.

- Já atuei em países, como a Alemanha, em que os estádios ficavam vazios, era uma coisa triste. No entanto, quando o Brasil está em quadra, seja em que lugar for, sempre tem um grupo de torcedores, mesmo pequeno, que nos incentiva. Isso mostra o carinho que o público tem conosco. Tenho certeza que o Ibirapuera estará lotado, como todos nos incentivando sempre.


Fonte: Globoesporte




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