quinta-feira, 24 de julho de 2008

Pedras de Pequim: CHINA


Dona da casa nesses Jogos, a China busca seu retorno à elite do basquete feminino. Com o registro de duas medalhas na competição (bronze, em 84 e prata, em 92), as asiáticas abandonaram o pódio desde então. Adversária do Brasil na final do Mundial-94, com a lendária Zheng Haixia, a China caiu de produção desde então, alcançando dois nono lugares (em Atlanta-96 e Sydney-04).

Encerrada a campanha em Atenas, o técnico Gong Luming foi substituído pelo australiano Tom Maher, que acabava de levar a Nova Zelândia às oitavas daqueles Jogos, e que comandara sua seleção natal ao bronze (1996) e à prata (2000) olímpicas.

O primeiro grande torneio de Tom com a China, no entanto, foi uma decepção. Com um time mutilado por lesões físicas, as chinesas não passaram de um décimo primeiro lugar no Mundial, em 2006.

Um ano depois, no Asiático-07, a seleção acabou perdendo a decisão para a Coréia.

Ainda assim, a federação chinesa apoiou Maher, reforçando que, apesar dos maus resultados, a equipe vinha progredindo, principalmente na defesa, uma das obsessões do técnico australiano.

Maher manteve a base da seleção: as experimentadas Miao Lijie (ala, 27 anos, 1,78m, que jogou na WNBA, em 2005, exímia arremessadora de 3 pontos), Chen Nan (pivô, 25 anos, 1,95m) e Sui Feifei (ala, 29 anos, 1,83m, também com passagem na WNBA, em 2006 e uma das mais populares em seu país) continuam sendo as maiores referências do time.

Há ainda Chen Xiaoli, 26 anos, pivô, de 1,93m.

Maher tem ainda o luxuoso apoio de Michele Timms, grande armadora australiana, que trabalha como assistente da seleção.

Os melhores resultados apareceram esse ano. As chinesas treinam como uma seleção permanente e disputaram uma série de amistosos, inclusive contra o Brasil, de quem ganharam (90-81) na véspera do Pré-Olímpico.

No torneio-teste, em abril, as chinesas surpreenderam, ao vencer as americanas (desfalcadas, mas com Lisa Leslie), na final; resultado bastante comemorado.

Todos sabem, no entanto, que enquanto a China já está jogando no seu máximo, pelo longo período de treinamento. As outras onze seleções se preparam para tentar alcançar esse mesmo máximo, em Pequim.

De qualquer modo, jogando em casa, a China não será um adversário tão fácil quanto os últimos resultados fazem supor.

A estréia das chinesas será no dia 09 de agosto, contra a Espanha. Na sequência: Estados Unidos, Nova Zelândia, Mali e República Tcheca.

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