quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Macchione: criação de liga feminina de basquete fortaleceria o esporte

Presidente do clube de basquete de Catanduva, Pedro Enzo Macchione concedeu entrevista ao NM
Por Enio Franco


O presidente do Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva, Pedro Enzo Macchione, diz ser favorável à criação de uma liga independente de basquete para fortalecer a modalidade no Brasil, nos moldes da recém criada Liga Nacional de Basquete (LNB), que substituirá o Brasileiro Masculino. Às vésperas da disputa de mais um Campeonato Paulista, o dirigente vê o fechamento de dois clubes que disputaram o Nacional: o Sport do Recife e São Bernardo do Campo.“Cada vez mais, o basquete feminino no Brasil está restrito a um grupo que realmente gosta daquilo que faz. Por isso, Catanduva estará mais do que fortalecida para a disputa das competições deste ano”, disse.
Confira a entrevista:

Notícia da Manhã: Como andam os preparativos para a disputa do Campeonato Paulista?
Pedro Enzo Macchione: Os preparativos para o Paulista vão bem. A Fabão e a Gil estão em franca recuperação. A Gattei e a Jaqueline perfeitamente integradas ao grupo, os treinamentos em alto astral. Esta equipe tem padrão altíssimo, tanto tecnicamente quanto de relacionamento entre as atletas e a comissão técnica. Reintegramos a Roberta e esperamos pela oportunidade de trazer mais uma pivô de alto nível, o que não é tarefa fácil. É preciso que quem vier tenha, além de qualidade técnica, o mesmo padrão de comportamento e relacionamento das atletas que estão aí.


NM: Por que os clubes de São Paulo polarizam as competições Nacionais, com poucos representantes de outros Estados?
Macchione: Os times de São Paulo são os que sobressaem porque não há campeonatos estaduais nas demais unidades da Federação. Então, Recife, Florianópolis, Rio de Janeiro, por exemplo, só montam equipes para o Nacional, o que torna a modalidade frágil. Há expectativas de se formar, como no masculino, uma liga que seja administrada pelos clubes, o que traria muito mais força à modalidade. Quanto a São Bernardo, a expectativa é que permaneça. O Campeonato Paulista provavelmente terá Primeira e Segunda divisões, o que pode favorecer o surgimento de novas equipes.


NM: É difícil fazer basquete no Brasil?
Macchione: Há muito por que se lutar e vencer, mas o Basquete tem muito potencial de atletas e de paixão da torcida, portanto trata-se de ajustar as forças tendo como único objetivo a modalidade. Acho que há caminhos. Basta encontrá-los e segui-los com determinação e idealismo. A Unimed do Estado de São Paulo acaba de abrir um patrocínio com as equipes de Catanduva, Americana e Ourinhos, o que nos fortalece, sem dúvida. Outras empresas podem fazer o mesmo.


NM: Qual é o futuro do clube catanduvense?
Macchione: Trouxemos mais pessoas para a diretoria, ampliando nossos horizontes com a inscrição de uma equipe juvenil no Campeonato Paulista. Acredito que a vinda de pessoas como do vice-prefeito Roberto Cacciari, que foi criado no esporte, possa trazer grandes contribuições para o crescimento do que já está feito. E, assim, ao agregar valores, vamos batalhar pelas soluções.


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