terça-feira, 19 de maio de 2009

ENTREVISTA: Hortência

Hortencia_poster A eterna rainha do basquete, Hortência Marcari, aceitou mais um grande desafio na sua vitoriosa carreira dedicada ao esporte. A campeã mundial e vice-olímpica assumiu o cargo de diretora do departamento feminino da CBB. Aos 49 anos, com mais de 20 dedicados à seleção brasileira, Hortência emprestará todo seu conhecimento para administrar o basquete feminino do Brasil. Com sua personalidade batalhadora, a rainha já botou a mão na massa, trabalhando e tomando decisões importantes. A primeira foi chamar sua ex-companheira de seleção, Janeth Arcain, para ser assistente do técnico Paulo Bassul na equipe adulta e dirigir a sub-15. Na próxima segunda-feira (25), Hortência se reunirá com as comissões técnicas de todas as categorias para definir detalhes sobre a preparação das seleções. Animada por poder ajudar com sua experiência, a ex-jogadora promete uma gestão baseada em união, trabalho e disciplina. “O que é bom para o basquete, nós vamos fazer”, garante a dirigente.

Qual a filosofia de trabalho nas seleções femininas?

O nosso lema é simples: “O que é bom para o basquete, nós vamos fazer”. Estamos desenvolvendo um trabalho a médio e longo prazo, baseado na democracia e coletividade. Cada um de nós tem muito para ajudar e aprender. Precisamos de união e fazer sempre o máximo para o sucesso do basquete. E é por isso que sempre convocaremos as melhores jogadoras para defender o Brasil. Daremos todas as condições necessárias para atletas e as comissões técnicas trabalharem. Eu fui jogadora e sei muito bem a importância de ter uma boa preparação e condições ideais de treinamento.

O que significa para você assumir o cargo de diretora do Departamento Feminino da CBB?

Estou extremamente feliz com a chance de atuar diretamente no crescimento do basquete brasileiro, assumindo a direção do departamento técnico feminino. O que quero é ajudar, trabalhando bastante e ouvindo muito a quem tem conhecimento para elevar o nome do basquete feminino no Brasil e no mundo.

É o maior desafio da sua carreira?

Adoro desafios e este será um deles. Nunca parei de trabalhar, pois amo esporte. Desde que encerrei minha carreira como atleta, procurei sempre atividades para ajudar e retribuir tudo que o esporte me deu. Faço parte da comissão de atletas do COB, tenho um projeto social, além do Centro de Excelência do Basquetebol, no Paraná, que quero expandir para todo Brasil. Minhas intenções são as melhores e não tenho medo de desafios. Podemos até perder um campeonato, mas nunca será por omissão. Faremos de tudo para dar a atletas e comissões técnicas excelentes condições de trabalho.

Quais as maiores dificuldades nesse início de trabalho?

Temos uma defasagem de jogadoras e técnicos e precisamos desenvolver a renovação. Por isso o trabalho não é a curto prazo. Acredito que iremos sofrer um pouco por essa falta de material humano, mas estamos empreendendo esforços para que isso mude.

Dá para adiantar a pauta da reunião com as comissões técnicas, no dia 25 de maio?

Acertaremos o máximo de detalhes para a preparação desta temporada que já está em andamento. Falaremos sobre convocação, local de treinos, amistosos e sobre o método de trabalho, que é da CBB, em que se basearão todas as categorias. Uma das resoluções já tomadas foi o cancelamento de amistosos contra o Chile. Sem querer desprezar o adversário, mas precisamos jogar contra seleções de maior qualidade técnica, que ofereça mais resistência para que possamos aprimorar técnica, física e taticamente a nossa equipe.

Como será a busca de parcerias para os treinamentos das seleções?

O nosso objetivo é criar parcerias com as cidades. Dessa forma vamos diminuir as despesas para poder redistribuir os recursos e montar uma estrutura de treinamento exemplar, com tudo que é preciso para desenvolver um trabalho de alto nível para que a seleção chegue bem preparada para as competições.

E esse trabalho já começou?

Claro. Estou visitando algumas cidades que já mostraram interesse em receber a seleção feminina. Estou verificando as condições de hospedagem, deslocamento, alimentação, enfim, tudo que seja necessário para as jogadoras treinarem com tranqüilidade e conforto.

E aí entra o olhar da ex-atleta?

Certamente. Com a minha experiência de 20 anos servindo à seleção sei sobre as necessidades das jogadoras para que tudo fique a contento. Já andei conversando com algumas pessoas, como a Janeth, Paula, Laís Elena, entre outras para ouvir aqueles que entendem em busca de informações e sugestões para que o trabalho saia bem feito.

Qual a importância de manter as comissões técnicas até a Copa América?
Encontramos um trabalho em andamento. Chegamos à conclusão de que os melhores técnicos estão a frente das seleções atuais. O que tem que mudar é o modo de administrar e o grau de prioridade de cada competição. Estamos em fase de diagnóstico. Daremos uma chance a esse grupo que encontramos e avaliaremos no fim da temporada. A única alteração que fizemos foi chamar Janeth para ser assistente técnica do time adulto e dirigir a seleção sub-15. É ela que comandará a nova geração do basquete brasileiro.

Por isso a decisão de manter o Paulo Bassul na equipe adulta?

Exatamente. Depois que o presidente Carlos Nunes venceu as eleições, dissemos que a situação do Paulinho seria estudada, nada estava certo ainda. É lógico que seria necessária uma avaliação. Ele tem grande qualidade técnica e optamos por mantê-lo e reforçar a equipe com a entrada da Janeth.

Falando em Janeth, a parceria das quadras foi retomada. O que isso significa?

Trabalho. A Janeth é uma pessoa séria, com uma carreira brilhante como jogadora. Além disso, tem experiência com trabalho social por conta de seu centro de formação e já vem atuando como treinadora de equipes de base do CFE Janeth.

Outras ex-atletas podem fazer parte das comissões técnicas?

Desde que apresentem competência para tal. Quero também que atletas e ex-atletas participem do projeto social da CBB (Basquete do Futuro Eletrobrás), mas devem ser pessoas que saibam o que estão fazendo, para que enriqueça o trabalho cada vez mais.

8 comentários:

Anônimo disse...

CURIOSO

Neste papo todo,o Barbosa que era o Cordenador,pelo menos assim aparecia nas convocações,foi parar onde?Pelo que ai esta o Barbosão esta fora.
É só no Brasil,por ai vamos vendo a nova diretora e o novo presidente.

Anônimo disse...

Trabalho. A Janeth é uma pessoa séria, com uma carreira brilhante como jogadora. Além disso, tem experiência com trabalho social por conta de seu centro de formação e já vem atuando como treinadora de equipes de base do CFE Janeth.
Se é assim que a Hortência acha que vai dar resultado, trabalho social? e dizer que ela tem experiência na base!
Seria melhor dizer que gosta da Janeth e vai fazer com ela uma tentativa!
Só tentativa, pois não tem parametro!

Anônimo disse...

Marquito

Para mim até agora a Hortencia não acertou em nada!!!
Colocar na base,garotas de 14 e 15 anos a Janete sem a mínima experiencia com garotas nesta idade,onde deve se buscar também a formação integral não só de basquete.
Mais uma vez lamentavel.

Unknown disse...

Engraçado, no Brasil uma jogadora como a Janeth entrar numa comissão técnica de seleção brasileira é um desastre, enquanto, nos Estados Unidos, a Dawn Staley fazer parte da comissçao técnica americana é incrivel. Dawn tb tem pouca experiencia como Janeth. Mas esqueci, ela é americana. Vamos rever os comentários. Mais vale uma Janeth na seleção do que muitos técnicos brasileiros, que eu diria, bem diria nada, pq não tem. Falam tanto de técnicos para assumirim cargos no basquete brasileiro, mas cade eles. A realidade é que não tem. Talvez a Branca e o Bassul sejam os únicos. Pq técnicos bons, só restam Maria Helena, Laís, Ferreto, ah, mas esqueci, muitos vão falar que eles estão velhos.

sta.ignorancia® disse...

Aff...

Curioso, o Barbosa vai fazer falta mesmo??

Cada uma viu...

Anônimo disse...

SANTA IMPARCIALIDADE

Vou entrar neste papo Sta Ignorancia-Curioso.
Não vamos discutir aqui se o caraé bom técnico ou não,isto só o tempo dirá.
O melhor para mim é o Miguel Angelo-campeão mundial e vice olimpico. Agora desprezar,vivencia,experiencia,só neste pais mesmo, Talvez pessoas que tenham algum problema com o cara,como voce porque sempre vem só com criticas,seria voce um técnico(a)frustado(a)um dirigente que nunca conseguiu chegar a lugar nenhum,ou uma jogadora igualmente frustada, voce só faz critica,o Bassul pra voce também não serve, quem é que presta? No mundo a experiencia é valorizada. aqui é desprezada.
não me leve a mal,sou MESMO SANTA IMPARCIALIDADE.
O Samuel não esvreveu mas eu digo o Guilherme merece uma oportunidade em seleções.

Anônimo disse...

O Barbosa, "Curioso", foi parar onde ele deveria estar há muito tempo: LOOOOOOONGE!

Fabio de Sampa.

Anônimo disse...

BOA SORTE HORTÊNCIA!!

ACREDITAMOS NO SUE TRABALHO,
IMAGINA A JANETH E HORTENCIA NO BANCO, COM CERTEZA DARA MAIS CONFIANÇA E RESPEITO PARA AS JOGADORAS E ATE MESMO INTIMIDARA AS ADVERSÁRIAS !!!

FÉ!!