sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Super Cleide

Quem disse que fã e ídolo não podem ser amigos não conhece a relação de Cleide Leone com a seleção feminina adulta de basquete, patrocinada pela Eletrobrás. A paulista de 50 anos se apaixonou pelo esporte em 1983, vendo a dupla Paula e Hortência no Campeonato Mundial de 1983, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A partir daí, o basquete feminino ganhou uma fã ardorosa, que acompanha as valentes e talentosas atletas há mais de duas décadas. Cleide já viajou por várias cidades brasileiras para ver as jogadoras e, claro, não faltaria a uma competição disputada em terra nacional. A funcionária aposentada, mãe de dois filhos e avó de um casal de gêmeos está em Cuiabá desde terça-feira (dia 21) para a Copa América / Pré-Mundial, que está sendo realizada na cidade.
 
— Fiquei encantada com o que vi no Ibirapuera e senti muito orgulho de ter no meu país atletas tão talentosas. Comecei a ir aos treinos e jogos com frequência. Ficava quietinha no meu canto só admirando. Com o tempo, as próprias meninas vinham falar comigo porque eu já era um rosto conhecido. E aí fui fazendo amizade. Dando uma carona aqui, comprando um lanchinho ali e o tempo foi passando. A Hortência, Paula e Janeth viram meus filhos crescerem e eu consegui acompanhar várias gerações. É muito legal. Faço porque tenho amor a essas meninas que tanto trabalham pelo esporte brasileiro — diz a fã, que tem amuletos raros como a boneca de Janeth da WNBA e outra, da eterna rainha Hortência, com o uniforme da seleção.
 
Janeth e Helen são duas que conhecem Cleide desde o começo dessa história. A amizade foi ampliada para as famílias das duas atletas. Cleide já viajou com a mãe de Janeth para várias cidades para ver a grande estrela jogar.
 
— É muito importante ter uma pessoa como a Cleide, que nos apoia tanto. Ela sempre foi super discreta, nunca atrapalhou treino e dá uma força para as jogadoras que emociona. Ela e a minha mãe são amigonas. Quando joguei no Vasco, as duas resolveram ir para o Rio de carro, se perderam, foi um acontecimento. Quando fui para a WNBA, ela tirou o passaporte para ir me visitar, o que, infelizmente, não aconteceu.
 
Cleide também lamenta não ter ido aos Estados Unidos ver Janeth, mas precisou ficar em casa cuidando da família. Mas o passaporte ainda tem validade e os outros planos já foram traçados: ir a Espanha visitar as jogadoras que atuam no país.
 
— Já viajei para São José dos Pinhais (PR), quando a Helen jogou lá. Fui para o Rio ver a Janeth e procuro não faltar aos playoffs do Paulista e do Nacional. Tem gente que diz que eu vou a Ourinhos e Americana como quem vai ao mercado. Não pude ir a Houston ver Janeth na WNBA, mas estou me programando para ir à Espanha. Graças a Deus, lugar para ficar não me falta — diverte-se Cleide.
 
E não falta mesmo, se depender de Helen Luz e do marido Otávio, outra amizade já conquistada por Cleide. O carinho entre a armadora da seleção e a fã de carteirinha é evidente e contagia a todos. Para Helen, a Cleide é de fundamental importância para o grupo.
 
— A Cleide é uma benção. Já me ajudou tanto nesses anos que eu nem sei como retribuir. Quando estou no Brasil, a chamo para os churrascos na minha casa e para passear. É uma pessoa sincera, discreta e que está sempre pronta para ajudar, fazendo um favor ou dando uma palavra de carinho. Isso nos faz sentir bastante valorizadas. A única coisa que falta é ela ir para Espanha ficar na nossa casa. Eu e meu marido já a convidamos centenas de vezes. Estamos esperando — cobra a capitã Helen.
O carinho e respeito por Cleide está passando de geração para geração. Nos últimos meses, Cleide acompanhou a seleção em Barueri nos treinos para a Copa América e curtiu a alegria de ver no grupo atletas que ela conheceu adolescente, além de testemunhar o retorno do trio Hortência (diretora), Janeth (assistente técnica) e a capitã Helen.
 
— Teve um dia que uma jovem atleta, recém chegada no clube, veio até mim e disse que estava muito feliz por ver uma cara conhecida, pois tinha acabado de se transferir e me reconheceu de outros jogos que assisti. Isso me deixa muito realizada. Faço tudo isso porque gosto dessas meninas e acho que elas merecem todo o reconhecimento por tudo que fazem e pelo talento que possuem.
 
Palmira e Natália são exemplos de jovens atletas que já estão apaixonadas pela Cleide e não perdem a oportunidade de bater um papo com a amiga após os treinos.
 
— Cleide é o nosso mascote. A Karla (companheira de clube em Americana), nos apresentou quando jogávamos em Catanduva e também me tornei fã dessa fã — brinca Natalinha, como é conhecida.
 
— A Cleide é a nossa garantia de público. A gente sabe que pelo menos ela estará no jogo nos apoiando. É uma pessoa ótima que está sempre nos dando força, falando coisas certas nas horas certas — conclui Palmira.

6 comentários:

Geisa disse...

So mesmo quem acompanha o basquete feminino para o bem e para o mal sabe que a Cleide e mais que uma ardosa fa,e amiga e sempre com palavras de apoio e se precisar mete bronca.O brigada por nos acompanhar sempre

Bert disse...

A Cleide é uma figuraça mesmo e a assessoria da CBB está de parabéns por esse release.

Anônimo disse...

cleide por isso que E A G D M M M Q F!!!!

Anônimo disse...

Aeeeeeeeeeeee, Cleidoca!

Vc não é fraca, hein?

Huahuahuahuahuahuahuahua...

Beijos

Anônimo disse...

Cleide,obrigada por vc existir
so quem e mae de atleta sabe o qto e importante ter uma pessoa como vc, nas horas mais incriveis que e impossivel de estar lá... contamos voluntariamente com vc muito obrigada!!!bjs ieda

cleide sp. disse...

GOSTARIA DE AGRADECER AQUI A TODAS VCS QUE AMO TANTO,
ESTAREI SEMPRE DE CORAÇÃO ABERTO, TENTANDO UMA FORMA DE RETRIBUIR TDO DE BOM QUE VCS ME PROPORCIONAM,
E AGRADECER TBEM MINHA FAMILIA Q ME APOIA MTO;POIS SABE QUE ASSIM SOU UMA PESSOA MUITO MAIS FELIZ.
então até os proximos campeonatos rsrsrs