quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Cléia passa as férias no Brasil e ensaia retorno em Araçatuba

15341_FP Ela nasceu em uma família humilde e, desde criança, aprendeu a valorizar o trabalho.
Caçula de seis filhos (ao lado de Cledson, de quem é gêmea), Cléia Crepaldi saiu muito cedo de casa para se dedicar à profissão que escolheu: o basquete.  “Minhas irmãs também jogavam. A mais velha, Cláudia, que hoje tem 41 anos, jogou em Catanduva na época da Hortência e da Janeth, do Higienópolis. Como minha família era muito grande, ela cuidava de mim. Então, eu ia todos os dias ao treinamento com ela e acabei gostando”, conta a atleta, hoje com 32 anos.
Ainda menina, ela começou a treinar na Escola Estadual Dr. Nestor Sampaio Bittencourt e a disputar campeonatos colegiais. Aos 13 anos, recebeu convite para jogar fora de Catanduva. “Aceitei e fui jogar em Araçatuba. Na sequência, fui para Votuporanga, Jundiaí, São Bernardo do Campo e Guarulhos. Voltei para Catanduva apenas em 2005, aos 28 anos, onde fiquei por nove meses, jogando no Catanduva Basket Club”, lembra Cléia.
Para ela, a temporada de volta à sua terra natal foi muito importante, especialmente pela visibilidade da equipe e pela possibilidade de se destacar nos campeonatos.
“Depois de 15 anos, voltei para minha cidade e tivemos um ano muito positivo no basquete, mesmo sendo uma equipe média. Quando joguei aqui em Catanduva, através de destaques coletivos e pessoais, surgiu o convite para jogar na Europa”, justifica a lateral.
Depois de ganhar o Campeonato Paulista da segunda divisão, de ter sido um dos destaques da equipe no Campeonato Brasileiro e de ter conquistado o 2° lugar nos Jogos Abertos do Interior, Cléia arrumou as malas e foi para a Itália.

CARA E CORAGEM
Ao chegar à Europa, a catanduvense teve que passar por uma fase de adaptação não apenas relativa à cultura e ao clima, mas também ao estilo de jogo. “Sai do Brasil com muita coragem, pois na realidade não falava inglês e nem mesmo italiano. Encontrei muitas dificuldades na língua, no frio (para mim foi a pior parte) e no estilo de jogo. Aprendi o idioma depois de um mês e meio. Com o frio, mesmo depois de quatro anos, ainda não me acostumei. Quanto ao estilo de jogo consegui me adaptar, pois é mais cadenciado tecnicamente, enquanto o nosso jogo tem mais velocidade”, pontua Cléia. No que diz respeito à cultura, a jogadora garante que se adaptou bem e que encontrou muitas semelhanças com o Brasil.
“A cultura do país é muito parecida com a nossa. Não tive problema nenhum. Na verdade, até me adaptei muito bem, fazendo amizades e comendo muito bem. A cozinha italiana é fantástica”, comenta, referindo-se especialmente ao macarrão, à pizza ‘sem muito recheio e com massa ligeira’, à variedade de antepastos e às bruschettas, ‘que são espetaculares’.

CORAÇÃO DIVIDIDO
Durante os quatro últimos anos, Cléia jogou em times de Viterbo e San Martino.
“Quando voltei de férias, depois do primeiro ano fora, joguei na equipe de Marília. Na sequência, voltei para a Itália e lá permaneci até o último mês”, conta a lateral, que agora curte a companhia da família e dos amigos em Catanduva.
Apesar de ter contrato para permanecer mais um ano na Itália, ela não decidiu se voltará ou se ficará definitivamente no Brasil. “Ainda não sei. Tenho mais um ano de contrato na Itália, mas para 2010, estou preferindo ficar em Araçatuba. É uma cidade onde o esporte está em alta e onde minha irmã Cláudia é Secretária de Esportes. Então tem essa facilidade, além de termos um projeto para a prática do basquete voltado a 400 crianças, chamado Projeto Basquete Clube”, conta a jogadora, que pretende disputar o Campeonato Paulista pela equipe daquela cidade. “É uma cidade onde me sinto muito bem. E também pretendemos formar uma equipe adulta dentro do projeto, complementando com a juvenil. O time está sendo estudado. Na verdade, é uma vontade minha, mas ainda não temos essa confirmação”, emenda. Para a atleta, a experiência longe de suas raízes ajudou a reforçar certos valores e a valorizar o que antes parecia não ter importância.
“Depois que morei fora do País, comecei a dar valor ao Brasil, em especial ao nosso povo e ao nosso clima tropical. Hoje quero mais tranquilidade”, explica.
Questionada sobre a possibilidade de voltar a viver em Catanduva, ela afirma:
“Catanduva é minha cidade natal, por sinal uma cidade que mudou muito desde quando sai dela. Na verdade, gosto de Catanduva, pois minhas origens estão aqui. Quem sabe um dia…”.

FORMAÇÃO
Mesmo tendo encontrado desde criança sua verdadeira vocação, Cléia Crepaldi não abriu mão de prosseguir com os estudos.  “Fiz dois anos de Psicologia na Unibam, quando percebi que estava no curso errado. Então entrei nas Faculdades Integradas de Guarulhos e me formei em 2003, em Educação Física. Escolhi esse curso porque já estou no meio esportivo e porque acredito que uma atleta, para ser completa, precisa, sim, de um curso superior”, justifica. Para a lateral, o basquete representa tudo em sua vida.
“Formação profissional, educacional, caráter, cidadania. O basquete me proporcionou tudo isso, através das disciplinas e responsabilidade que ele nos exige”, afirma.

FAMÍLIA E SONHO
Para alcançar a realização profissional, Cléia contou com o apoio e o incentivo dos familiares. “Não encontrei nenhum obstáculo, pois eu gostava de jogar e minha família me apoiava. Para mim, era mais fácil porque tinha uma irmã que estava no meio do basquete. Vim de uma família humilde, mas trabalhadora. Não cheguei a trabalhar quando criança, pois sai de casa aos 13 anos para jogar basquete. Minhas irmãs também jogavam e meus irmãos ajudavam meu pai. Nunca nos faltou nada, mas tínhamos uma vida simples”, lembra a catanduvense.
Quando se depara com alguém que tenha o mesmo sonho de se dedicar ao esporte, Cléia encoraja. “Me sinto muito realizada pessoalmente em tudo o que o basquete me proporcionou. Na verdade, todo meu conhecimento e todas as minhas amizades vieram através dele. Comecei jogando em uma escola estadual, então digo a todas as crianças que estão começando a jogar (e não só o basquete): devemos deixar muitas coisas de lado para nos dedicarmos totalmente ao esporte preferido. Mas a recompensa um dia chega”, finaliza.

Fonte: O Regional

8 comentários:

Anônimo disse...

linda a matéria e a foto! Cléia estou torcendo para que de certo esse time em Araçatuba, precisamos melhorar nosso basquete feminino e precisamos de atletas com iniciativas assim como vc. boa sorte e feliz 2010 a todos

Anônimo disse...

ta vendo oque o esporte nao faz pelas pessoas...parabens cleia boa sorte

Anônimo disse...

ta linda hen cleia

Feliz ano novo disse...

Otima materia, a Foto despensa comentarios.
Alem de bonita, charmosa, inteligente é talentosa no que faz.

Tenho grande paixão por vc.

Estudei na Uniban quando vc. também estudava e jogava por São Bernardo .

Vou sempre torcer por vc.

Muita sorte e um grande beijo

Te admiro muito, mais vc. nem me olhava na faculdade.kkkkkkk

Bella disse...

Querida Keké! só quem conviveu com vc sabe o qto é esforçada, batalhadora! Torço por vc querida!! Bjs, Isabella (Rio)

Anônimo disse...

merece tudo de bom, mto guerreira.
bjao cléia

Anônimo disse...

pq será que quer voltar ao Brasil , e nem se houve falar dela lá fora, pq nem joga.

Anônimo disse...

na europa nenhuma jogadora joga, mas ganham dinheiro ne!! é isso ai cleia, encheu o bolso agora gasta aqui no brasil, enquanto outras tem q ficar mendigando aqui nesse pais pessimo do basquete feminino.