quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O basquete que dá certo em Londrina

Enquanto o time profissional de basquete de Londrina, a ADL/FEL/Sercomtel, pena dentro e fora de quadra para se manter entre os melhores do País, as categorias de base da modalidade mostram força na cidade.

No feminino, a Liga Metropolitana de Basquete (LMB), em parceria com dois colégios particulares e apoio do poder público, faz um trabalho grande envolvendo mais de 150 atletas de 8 a 17 anos – e tem alcançado alguns bons resultados. No masculino, um projeto feito a partir da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) movimenta aproximadamente 100 atletas da mesma faixa etária.

Sob o comando do técnico Roosevelt Villanueva, o Gringo, o time sub-14 da AABB/ALE/Flex TV conquistou o título paranaense da categoria em 2009. Villanueva é adepto da necessidade de intercâmbios constantes, principalmente nos campeonatos sul-americanos de clubes, priorizados pela equipe dele.

Na LMB, o técnico Marival Júnior investe nas disputas estaduais e escolares, mas também nos intercâmbios com clubes do interior de São Paulo, “a Meca do basquetebol feminino no Brasil”. A Liga também teve quatro anos de trabalho recompensados na categoria sub-13, com a equipe dirigida pelo técnico Paulo Vasconcelos vencendo Curitiba por 35 a 21 na decisão do Paranaense em novembro passado na cidade de Toledo, em campanha invicta.

A Liga Metropolitana de Basquete trabalha com crianças desde os nove, dez anos de idade, até os 18. São 150 meninas treinando basquetebol em seis pólos. “Fomos vice-campeões escolares em julho, pelo Colégio Nobel, que acabou resultando na quarta colocação nas Olimpíadas Escolares. A equipe sub-17 foi vice-campeã paranaense. A equipe sub-13 foi campeã paranaense”, listou Marival Júnior.

O futuro

Formado em Educação Física, com especialização em Treinamento Esportivo, Paulo Sergio Vasconcelos é o responsável há seis anos pelas categorias menores e pela iniciação das meninas no esporte na Liga Metropolitana. No Iate Clube ele trabalha com as equipes feminina e masculina.

Vasconcelos concorda que Londrina teria tudo para ter uma equipe boa também na categoria adulta. “Tem apoio do público, que comparece, principalmente no basquete. Seria bom para a cidade e incentivaria as meninas mais novas. Seriam espelho para elas.”

De acordo com Marival, há dois anos o trabalho é exclusivo com atletas da cidade. “Faz dois anos que não trazemos ninguém de fora. Isso é coisa complicada porque acaba faltando um pouco de altura. A estatura das atletas é um pouco baixa”. Para 2010 há planos de trazer duas atletas pivôs para dar força ao time.

“A idéia central, no entanto, é continuar a trabalhar muito bem o sub-14 até o sub-17, visando os Jogos Colegiais e os Jogos da Juventude. E continuar nesse trabalho de base que está dando bons frutos”, diz Marival Júnior.

Aos 13, Larissa é capitã e campeã Larissa Ceappina tem apenas 13 anos. Mas já tem responsabilidade: ala armadora do time, medindo 1,70m, foi capitã do sub-13 que conquistou o paranaense deste ano. “Foi meio complicado em Toledo. No dia decisão deu frio na barriga, mas mal começou o jogo e ficamos à vontade e ganhamos. Depois que entramos na quadra jogamos para ganhar.” Como todo atleta nas categorias de base, também sonha com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ela vai ter 19 anos em 2016. “Vamos ter que trabalhar duro para chegar lá. O treinamento é bem forte aqui, bastante físico.” Ela concluiu a 8a série no Colégio Estadual Newton Guimarães. “É legal ser capitã. As garotas brincam, mas tem que levar a sério.”

Rafael, 16, vai treinar com o time da ADL em 2010

Os treinos deste final do ano acabam virando uma mistura de meninas e meninos disputando com força cada bola. Rafael Mauricio joga no masculino no Iate. Medindo 1,88m e com 16 anos, está ansioso com uma novidade. Depois de ganhar uma bolsa, vai treinar em 2010 com o time principal do Londrina, que disputa o NBB. “Ganhei bolsa do Colégio Portinari. Estou ansioso para chegar lá e arrebentar”, diz ele, que tem Oscar Schmidt como ídolo. Terminando o 2o ano do Ensino Médio, Rafael diz que pretende cursar engenharia da computação. Mas quer se manter nas quadras. É outro que sonha: “Quem sabe as Olimpíadas em 2016”?

Carmen, a melhor da temporada

Carmen Ortega, 16 anos, concluiu o Ensino Médio e quer estudar Direito. É ala armadora do time sub-17. Escolhida a melhor do basquete feminino neste ano pelos próprios atletas, ela foi homenageada na última quinta-feira. Carmen destacou a atuação do time nas Olimpíadas Escolares Brasileiras, realizadas em novembro passado em Londrina. “Ficamos em quarto lugar e penso que foi um bom resultado. Nosso time está bem unido, está entrosado para o ano que vem.”

De uma geração que viu pouco atletas como Paula e Hortênsia em ação, ela diz que assistiu mais a Janeth e Adrianinha, estrelas do basquetebol brasileiro. “Estamos assistindo mais ao masculino, nos espelhando mais neles porque não tem um grande projeto para o feminino aqui.” Mas ela sonha alto: “Queremos chegar à seleção, em principio a paranaense, e mais tarde a brasileira. Quem sabe não jogamos as Olimpíadas do Rio em 2016”!

Edital da FEL será publicado até o dia 31

A FEL publica até dia 31 o edital para convênios com as entidades. Estas terão até o final de janeiro para apresentar os projetos. De acordo com Pedro Lanaro, diretor técnico, para os esportes de alto rendimento como o basquete, há uma modificação no edital em relação ao anterior. Além de ampliar a verba de R$ 800 mil para R$ 1 milhão, o edital não fixa valores. Serão 50 cotas de R$ 20 mil e as entidades poderão apresentar projetos para no mínimo cinco cotas, o equivalente a R$ 100 mil e o máximo de 16 cotas, o equivalente a R$ 320 mil. A contrapartida de cada proponente sobe de 60% para 80% do valor conveniado.

Fonte: Jornal de Londrina

5 comentários:

Anônimo disse...

O que é preciso é criar uma lei, que obriguem esta garotas a poderem ser transferida para outros estados, somente se a familia mudar ou depois dos 17 anos, assim todos os estados teriam no seu campeonato o que tem de melhor, e assim parar de abastecer São Paulo. um abraço

Anônimo disse...

Que eu saiba Londria é que costuma correr atras de atletas de outros Estados, e não o contrário. Só não tem atletas nesse ano porque não conseguiram. Além do mais, nunca ví nenhuma atleta de Londrina se transferir p/ SP. A não ser aquelas que retornaram pra lá depois de terem jogado em Londrina.
Fala sério!!

Anônimo disse...

Bobinho, londrina não é estado, estado é o Paraná.... Você que deve entender tanto de Basquete, de onde é a Aruza que joga em Americana (Parana), Ana Gessica que joga no Finasa (Parana), Sartoli que joga no Finasa (Rio Grande do Sul, de onde veio para Jundiaí a Fra (Parana). de onde é a Natália que veio para o Finasa e não agüentou o marasmo e voltou e arrebentou no Sulamericano sub 15, de onde é a Bruna que se lesionou na Seleção se não teria arrebentado também no Sulamericano E OUTRAS TANTAS QUE JÁ PASSARAM PELO FINASA, JUNDIAI, SANTO ANDRE E AMERICANA....fique um pouco mais ligado no Basquete e pare de dizer besteira......são Paulo é tão bom assim, de onde é a KIKA de Jundiaí(minas), lady do finasa (Goiás), Joyce de Barretos(rio de janeiro), Letícia de Barretos (minas), armadora do mini de americana que não me lembro o nome (Góis), Gabriela do finasa (Minas Gerais), Isadora Serpa de Jundiaí (rio grande do sul),Joseane de Jundiaí (Rio de Janeiro), Nathalia Hellen ex Finasa este ano Venceslau (Minas Gerais), Andressa Arantes de americana (Rio de Janeiro)

Anônimo disse...

Muito bom o comentário do anonimo das 17:34, só não entendi o contexto. O que tentou explicar?

Anônimo disse...

Tentei explicar que os talentos não nascem apenas em São Paulo. O campeonato Paulista de base é forte porque também traz atletas de outros estado, enquanto os outros estados morrem pela falta desses talentos, e, porque nunca terão um campeonato competitivo......