sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Nacional feminino de basquete acaba sem revelações

Falta de atenção à base e campeonato curto e com poucos times são, para técnicos, algumas das explicações para isso
Catanduva ganha sua 1ª taça ao derrotar Ourinhos, e CBB promete implantar plano de marketing para que clubes invistam mais em jogadoras

catanduva

JOSÉ EDUARDO MARTINS

O Nacional feminino de basquete chegou ao fim com um problema recorrente: nenhuma jogadora teve destaque marcante na competição.
A constatação vem dos próprios técnicos do torneio, vencido ontem pelo Catanduva, que obteve uma inédita taça ao superar em casa o pentacampeão Ourinhos por 60 a 59, fechando o mata-mata em 3 a 0.
Para explicar a escassez no país de novos talentos, os treinadores têm algumas teorias.
Segundo Edson Ferreto, que pelo quinto ano consecutivo comanda o time de Catanduva, a causa pode ter sido o curto período de disputa do campeonato, que teve aproximadamente dois meses de duração.
"É difícil ter uma [revelação] em um campeonato assim. No Brasil, não há uma competição em que você possa refinar e revelar uma jogadora. O Paulista e o Brasileiro, logo quando começam, terminam. Não é em um jogo ou em uma semana que se revela uma atleta."
Outro motivo apontado é a pequena quantidade de times. Foram oito, número inferior ao de outras competições nacionais -o torneio masculino de basquete tem 14 equipes, a Superliga feminina de vôlei, 13 clubes, e a masculina, 17.
"É pouco time para revelar, criando um pequeno mercado de trabalho. Quando dá aquela afunilada para você montar a equipe, ficam as jogadoras do time adulto, e as jovens da base perdem espaço", diz Urubatan Paccini, técnico do Ourinhos.
A falta de ligação entre o trabalho desenvolvido nas categorias de base com os times adultos é ressaltada por Paulo Bassul, técnico da seleção brasileira na Copa América de 2009.
"Os clubes que estão em evidência não têm uma equipe juvenil forte, como acontecia antigamente. Dessa maneira, fica difícil aparecer novas jogadoras", argumenta Bassul.
Treinadora do Santo André, equipe que tradicionalmente revela talentos, Laís Elena é mais dura em sua avaliação.
"Nós não estamos com muitas jogadoras novas que tenham um potencial tão grande. Pelo menos nesta geração."
O alto número de erros no campeonato comprova o baixo índice técnico. Por exemplo, no primeiro jogo da decisão, na segunda-feira, foram 31 arremessos errados da linha dos três pontos e 54 falhas nos de dois pontos. Como comparação, a final olímpica em Pequim-2008, entre EUA e China, apresentou 66 erros -22% a menos.
Para elevar a qualidade do Nacional, a CBB (confederação brasileira) promete implantar um plano de marketing para diminuir os gastos administrativos dos clubes, que poderiam investir mais nas jogadoras.

MADURAS: FINALISTAS TÊM IDADE MÉDIA ALTA
Outra possível explicação para a falta de revelações no Nacional feminino é a alta média de idade dos clubes do campeonato. Os finalistas, Ourinhos e Catanduva, por exemplo, têm times com média de idade de 25,5 anos.

Frase
"Foi um jogo de muitos erros. Sabíamos que seria uma partida dura, mas no final não teve bola perdida. Agora é comemorar"
GILMARA
jogadora do campeão Catanduva

Fonte: Folha de São Paulo

14 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Catanduva!!!
Provaram pro seo Chico que dinheiro não é tudo! Contrata,contrata e contrataaaaaaaaaaaaa e o time continuou um porre,É necessário filosofia e respeito aos mais pobres.Vamos enxugar este elenco.E cadê o trabalho de base destes 2 times?IF... to cheio disso tudo.

Anônimo disse...

Com tanta jogadora de seleção brasileira no elenco e fazer este papelão!!!!!O técnico acabou esquecendo jogadora no banco e no desespero colocou Jenifer e Mariana.Foi corajoso o homem.Porque será que a Fernanda quase não apareceu.Sai deste time Frenanda.

Suellen F.T disse...

Olá parabéns pelo jogo, nem td na vida são vitórias, sigam em frente de cabeça erguida.Errar é Humano e não tem nenhum problema se perder, corra atrás para ganhar o próximo jogo, força e muita coragem pra vcs. Queria eu poder ter a oportunidade q vcs tem, amo basquete mais pena q não tenho como jogar, bjOs Suellen.Cascavel,Pr.

Suellen F.T disse...

olá, parabéns pelo jogo.nem td são rosas, um dia a gente perde e isso cada vez nos dá mais força pra poder ganhar o próximo jogo, não desistam, sucesso na vida de cada uma de vcs, bjos Suellen Cascavel,Pr.

Anônimo disse...

gente acordo o tecnico nao sabe utilizar as jogadoras que tem cade o joão pra fazer um trabalho fisico melhor com elas nossa fora joão da seleção

Leonardo Rodrigues disse...

Uma coisa me incomoda muito nesse time de Catanduva, o não aproveitamento da Ísis, afinal, em que estágio se encontra? Ela tinha ido para Espanha na sua volta, nos poucos jogos que atuou, tinha mostrado uma boa evolução.

Uma jogadora de 2m deveria ser trabalhada e cuidada com carinho, acho um equívoco ela permanecer trabalhando com Ferreto, que prima pela velocidade das ações em um estilo de jogo alucinado e que vai de encontro ao basquete moderno.

Aliás, pq a maioria dos principais técnicos do país descartam todos os principais jovens talentos de pivôs que jogam de 5 com estatura mais adequada pra ter conseguir êxito a nível internacional?

Anônimo disse...

Gente bafão no time de ourinhos..
Deu na radio que todas estão sem contrato menos a Bethania que esta machucada!!! Só estão fazendo isso para mostrar que são competentes..
Que falta de respeito, e as jogadoras como karina que machucou o ombro, e karem dor no joelho, e as outras, que vergonha..
As jogadoras de Ourinhos merecem respeito, e a chuca que esta terminando o tratamento o que vcs vão fazer???? Também vão abandonar ela,como estão fazendo com as demais. Que vergonha!!! Torcedor Revoltado. beijos meninas estou torcendo por vcs.

Mauricio Guedes disse...

A arbitragem pisou na bola no último jogo.

A chute da Fabão era de DOIS e não de TRÊS.

A última bola, a Mariana (ou Jennifer, nao me lembro) jogou em cima da Gattei. A bola era de Ourinhos faltando 13 seg e não de Catanduva. Lamentável.

Não sou torcedor de Ourinhos nem de Catanduva, sou torcedor do basquete feminino, por isso queria pelo menos mais um jogo.

Acho que Catanduva mereceu o título e o ganharia de qualquer forma, mas, ontem o jogo era de Ourinhos.

Abraços!!!

Anônimo disse...

È tanto descaso com o basquete feminino que acabei de assistir ao globo Esporte e não falaram nada a respeito do titulo de Catanduva. Anunciaram a contração do novo tecnico do masculino, mas do feminino não falaram nada. Esse é o pais do futebol, e depois tem gente querendo q as jogadores fiquem aqui....

Com relação as jogadoras da seleção de Ourinhos....quem ganha jogo é equipe, o unico jogo q fizeram em equipe foi o ultimo ...e técnico tbm ganha jogo
é cada comentario sem noção....

Anônimo disse...

o Ano passado perdemos um campeonato assim , a bola era de catanduva e faltando o mesmo tempo, o juiz deu para Ourinhos!!! agora vcs reclamam!Ourinhos, bem feito sai mesmo amarelonas que se achammmm..Cd seleção????

Anônimo disse...

Bert, por favor, use mais o Twitter!!! Abra a sua mente para essa onda, rssss!!!
[]'s

Anônimo disse...

UMA COISA QUE FIQUEI SABENDO QUE ME DEIXOU COM A CERTEZA DE QUE QUEM REALMENTE MANDA NA CBB E O BRUNORO, FOI QUE ELE COLOCOU O SR. LUIZ FELIPE (DIRETOR EXECUTIVO DA CBB) O QUE AINDA E PIOR O MESMO E FUNCIONÁRIO DA BRUNORO EM SÃO PAULO....... QUE COISA FEIA SENHORES.

Anônimo disse...

Suellen...Em Cascavel não tem basquete não?
L.G.

Anônimo disse...

Reclamam tanto de jogadoras altas..mas temos ae jogadoras com boas estatura que se bem trabalhadas com certeza se tornariam boas jogadoras...o que dizer da isis..lembro quando ela surgiu como esperança..ms o tempo ta passando e ela ta se perdendo por aqui..com tecnicos que nao sabem valorizar nem desenvolver o talento das jogadoras, nao eh todo dia que aparece uma jogadora de 2 metros ou 2 metros e pouco..enquanto na australia e nos EUA surgem jogadoras assim e logo se aprimoram por causa daa competencia dos seus tecnicos..e depois dizem que hortencia ta errada em trazer tecnico de fora...tem de trazer mesmo..ve se da uma nova cara ao basquete feminino