segunda-feira, 17 de maio de 2010

No Recife, Projeto Nosso Clube transforma basquete em cidadania

Priscila Muniz

recifenc O futebol pode até ser a paixão nacional, mas os sonhos das crianças e dos adolescentes que se reúnem todos os sábados no colégio Helena Lubienska, no bairro da Torre, Recife, estão voltados para outro esporte: o basquete.  Eles fazem parte do projeto social Nosso Clube, que tem como objetivo promover a cidadania através do esporte.
O Nosso Clube nasceu há um ano, a partir de um grupo de amigos apaixonados pelo basquete que formaram um time para praticar a modalidade. “A partir daí a gente achou que deveria agregar um valor para a nossa sociedade dentro daquilo que a gente gosta, que é o basquete”, afirma um dos diretores do projeto, Affini Júnior.
25 voluntários ensinam aos meninos e meninas as técnicas do basquete. Eles são membros do time adulto no Nosso Clube. A crianças são alunas de escolas públicas de comunidades próximas à escola Lubienska. As aulas acontecem todos os sábados, das 7h30 ao meio-dia, e são separadas por faixas etárias: dos 7 aos 8 anos, dos 8 aos 10, dos 10 aos 12, dos 12 aos 14 e dos 14 aos 16.

Para os alunos de idade entre 14 e 16 anos, além das aulas de basquete, são oferecidos cursos de inglês, de informática e oficina de jornalismo.  As aulas de informática acontecem às sextas-feiras, nas dependências da escola especializada Microcamp, que é parceira do projeto. As demais acontecem aos sábados, depois que os meninos terminam o treino.  No final da manhã,  é fornecido almoço para os atletas mirins.

O coelho é o mascote do time.  “Nós escolhemos o coelho porque ele é um animal multiplicador. E a nossa ideia é essa: a de multiplicar a prática do esporte e a cidadania”, ressalta Affini.  “O nosso objetivo não é só formar atletas. É formar cidadãos”, completa.
Entre a garotada, quase todos sonham em ser atletas profissionais.  Fernanda Michaela, de 12 anos, diz que está treinando duro para realizar o sonho. “Eu queria ser jogadora e viver viajando por aí”, conta. Já sua colega Rayane Cássia, 10 anos, tem outro bom motivo para praticar o esporte. “É antiestresse”, acredita.

As crianças gostam e os pais, também. Elizabete dos Santos é mãe de um dos pequenos atletas e diz que percebeu mudanças importantes no seu filho depois que ele começou a jogar basquete. “Ele melhorou bastante o comportamento depois do projeto. Para mim foi uma bênção de Deus”,  destaca.

Tudo no projeto é realizado através de doações e trabalho voluntário. Por isso, o Nosso Clube precisa, por exemplo, de alimentos e materiais esportivos. No site do projeto, é possível saber de que formas empresas e cidadãos podem ajudar o Nosso Clube. A página também traz várias informações sobre o trabalho.

 

Fonte: Jornal do Commercio

Um comentário:

PAULINO disse...

Parabens a Affini, Bizu e todos os outros amigos que tocaram esse projeto para frente!
Espero poder contribuir em breve de alguma forma!