quinta-feira, 24 de maio de 2012

Tranquilo, Tarallo gerencia diferenças na seleção feminina de basquete

Denise Mirás, do R7

Luís Cláudio Tarallo é tranquilo. E diz que está “curtindo muito” dirigir a seleção feminina de basquete, que treina em Jundiaí desde o dia 1º. Conhecendo todas as atletas, à exceção de Karla, das equipes de base ou das seleções juvenis e mesmo adultas (porque foi auxiliar técnico de Antônio Carlos Barbosa e do espanhol Carlos Colinas), o treinador diz que, assim, seu trabalho de “gerenciamento” de maneiras diferentes de pensar e agir é facilitado.
Nas seleções de base, explica Tarallo, as meninas ainda são menores de idade e formam um grupo mais homogêneo. Em equipes adultas, a situação é diferente.
- Há jogadoras que convivem há muito tempo, há mais novas, algumas que já são experientes, há aquelas que são mães. É bem diferente no relacionamento.
E a mulher é mais detalhista que o homem, observa Tarallo.
- Com tanto tempo no esporte, a gente sabe como é importante saber abordar as atletas, saber até que ponto exigir, quando é preciso ter conversas individuais… Até dosagens de treinamento são diferentes.

Mais tempo para Iziane
É pensando de forma mais abrangente que Tarallo fala sobre Iziane.
- Como todas as jogadoras, ela está ciente do que a gente quer dela, de que queremos que todas evoluam. A Iziane sempre chegou ao grupo muito em cima da hora, nas competições, quando o grupo já tinha muitas informações. E ela é finalizadora. Agora, há mais tempo para irmos construindo o conjunto.
E se Tarallo, “apaixonado por educação e esporte”, tem uma boa experiência para “gerenciar” as diferenças na seleção, também já tem uma ideia da “cara” da equipe, que se prepara para a Olimpíada de Londres (de 27 de julho a 12 de agosto).

Damiris pode ter dupla função
- Em Pequim 2008, a seleção já era baixa. Agora, também não temos um time dos mais altos. Assim, vamos precisar jogar com três pivôs para aumentar a altura. E também de jogadoras que façam duas funções. A Damiris, por exemplo, tem qualidades para isso.
Tarallo acredita que a jogadora possa atuar com pivô e também mais aberta, e que no futuro possa inverter essas funções, jogando mais como “3”, que pode ser “4”.
- Ela é habilidosa, tem recursos.
No Mundial Sub-19, em Quinto, Equador, no ano passado, quando o Brasil foi medalha de bronze, a brasileira foi a MVP (jogadora “mais valiosa” do campeonato, na tradução da sigla em inglês) e defenderá o Minnesota Lynx, da WNBA, depois da Olimpíada, deixando o Celta, de Vigo, na Espanha.

Marcação, velocidade, contra-ataque
Como time mais baixo, segue Tarallo, será preciso que a seleção brasileira feminina marque muito, para ter resultados.
- A equipe é veloz e precisa marcar forte para sair para os contra-ataques. Quando tivermos em momentos de mais cadência, aí vamos explorar as qualidades de cada atleta.
Até agora, segundo Tarallo, foram desenvolvidos entre 20% e 30% do trabalho tático.
- Na verdade, é isso que me encanta. É estudar a estratégia para o time, com suas características, e também dos times adversários.
Tarallo começou os treinos no dia 1º, com dez atletas; depois, no dia 14, chegaram as jogadoras de Ourinhos e Americana que estavam jogando o Sul-Americano de Clubes em Quito, Equador (e foram respectivamente vice-campeãs e campeãs).
- Chamamos 18 por isso – sabíamos que tínhamos o Sul-Americano e as meninas iriam precisar de uma pausa, para se evitar lesão, para recarregar bateria.
Além das convocadas, duas mais jovens estão tendo uma boa oportunidade, como afirma o técnico, que são Débora, de 20 anos – com três Mundiais nas categorias menores, e Cacá, 19, as duas armadoras – “uma posição em que o Brasil anda carente e onde é preciso investir”.
- Com estas duas primeiras semanas já estamos muito perto do que queremos na parte física e agora vamos avançar bem na parte técnica.
Haverá amistosos com equipes de base masculinas e depois com as seleções de Chile e Cuba.
Na Olimpíada de Londres, o Brasil está no Grupo B, ao lado de Austrália, Grã-Bretanha, Rússia e dos classificados 3 e 5 do Pré-Olímpico Mundial. No Grupo A estão Estados Unidos, China, Angola e os classificados 1, 3 e 4 do Pré-Olímpico Mundial.

Fonte: R7

4 comentários:

Ricardo disse...

Pelo visto a seleção será Adrianinha, Iziane, Damiris, Clarissa e Erika.

Três pivôs!!!! Espero que dê certo, porque realmente essas são as melhores.

Sérgio/RJ disse...

Mas ainda fico com o pé atrás, quando o assunto é Tarallo, não quero nem ver onde isso vai dar, se repetir o fiasco dos últimos anos, espero que a Hortência, tenha a honbridade de se retirar de seu posto.

Anônimo disse...

Queria entender essa lógica: Brasil vai jogar com velocidade ou Brasil vai jogar com três pivôs?

Por que as duas coisas ao mesmo tempo são inconciliáveis.

Anônimo disse...

Adrianinha, karla, Iziane, Damires e Érika titulares.
Babi, Patricia, Chuca, Franciele, Clarissa,Nádia e provavelmente a silvia