Pivô da seleção dribla asma para se destacar no Paulista pelo São José

Faz 13 anos que a pivô do São José e da seleção brasileira de basquete, Nádia Colhado, tem uma companheira inseparável e que a acompanha desde quando acorda até a hora de dormir. É a ‘bombinha’, que contém medicamento necessário para combater a asma que desenvolveu após um nascimento precoce.

 

Hoje com 23 anos, Nádia afirma já ter sofrido crises durante a carreira, mas que graças à 'companheira' consegue driblar o problema ao longo das partidas.

 

- Quando o clima está mais seco e frio, tenho mais problemas. E é ruim, pois quanto mais uso a bombinha, pior é. Na verdade, só deveria dar três bombadas, mas, por jogo, dou nove, doze. Qualquer ‘respirinho’ tenho que dar uma puxadinha - brinca a pivô de 1,93m de altura, e que deixa o equipamento no banco durante os jogos para usá-lo nas paradas técnicas ou quando é substituída.

 

A atleta natural de Marialva, no Paraná, tentou tratar a asma com natação, mas conta que não obteve sucesso.

 

- Como tratamento, nadei por sete anos, mas não ajudou. Como sou prematura, tudo nasceu apertadinho dentro de mim. Falaram que iria melhorar, mas ainda estou esperando - disse Nádia.

 

Em Londres, a pivô defendeu o Brasil nas Olimpíadas e marcou seis pontos nos quatro jogos que disputou. Como estava calor na capital inglesa, a atleta não sofreu com a asma.

 

Uma das principais apostas da geração que irá em busca de uma medalha nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, Nádia tem se destacado pelo São José, que disputa o Paulista de Basquete Feminino.

 

O time tem 100% de aproveitamento nos primeiros três jogos da competição. Na última partida, diante de Guarulhos, Nádia deixou a quadra com 18 pontos e 13 rebotes, o que lhe rendeu o posto de maior pontuadora da partida ao lado da cubana Ariadna e maior reboteira do jogo.

 

Nádia e sua bombinha voltam à quadra novamente no dia 21, quando São José vai a Jundiaí encarar o time da casa pela sequência do Paulista.

Fonte: Globoesporte.com