segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Contratada pelo basquete rubro-negro, norte-americana Skylar está fazendo aulas de português

Ana Paula Santos - Diario de Pernambuco

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A dinâmica é semelhante a uma criança que está se alfabetizando. As sílabas das primeiras palavras são soletradas lentamente pela professora Janna Joceli e repetida pela aluna, a jogadora norte-americana de basquete do Sport Skylar Collins, de 22 anos. Pelo menos duas vezes por semana, Sky tem encontro com Janna, que também pratica a modalidade no clube rubro-negro.
A barreira do idioma vem sendo quebrada aos poucos. A ala estrangeira caminha apenas para a terceira aula de português. E expressões usadas durante treinos e jogos estão sendo introduzidas no novo vocabulário da jogadora, natural do Texas, Estados Unidos. O interesse de Sky em melhorar a comunicação com as brasileiras é explícito. Aluna dedicada, ela faz o homework (dever de casa!) com afinco. “Apesar do pouco tempo de aula, ela já consegue se expressar de uma forma que muita gente compreende. É muito esforçada e está sempre com as tarefas em dia”, elogia Janna.
Duas vezes na semana, Sky tem 1h15 de aula, que está dividida em gramática, vocabulário e escrita, além da parte prática. “Ainda dedicamos uns 10 ou 15 minutos para as expressões usadas na hora do treino e jogos. Ela já sabe dizer bloqueio, arremessa, marca. Eu sempre peço para as meninas também perguntarem a ela o que fizemos nas aulas. Sky veio me dizer que todo mundo agora só quer falar em português com ela”, explica Janna.

“Tudo bem?”

Na última quinta-feira, durante a segunda aula da atleta, a reportagem do Superesportes acompanhou a ida da ala à padaria, que fica próxima ao apartamento que ela divide com a experiente jogadora Alessandra - a parte prática da ala. Timidez é algo que o reforço leonino para as disputas do Nacional de basquete 2012/2013, que tem início, para o Leão, em 1º de dezembro, não conhece. Entrou no estabelecimento comercial e já foi logo cumprimentando a moça do caixa. “Oi. Tudo bem?”.
Na “aula”, Janna mostrou as opções de cardápio à disposição na padaria. Bolo, salgados, refrigerantes e pães foram “apresentados” à atleta, que ao final da visita colocou três pães franceses na embalagem e um guaraná (refrigerante típico do Brasil!) na sacola e seguiu para mais uma sessão de fisioterapia na Ilha do Retiro. A professora programou ainda idas ao supermercado, farmácia e passeios pelos principais pontos da cidade, utilizando o transporte público.

20121028095703398258a Novo reforço do basquete feminino do Sport, Skylar trocou o Texas pelo Brasil

Skylar nem se preocupou com a dificuldade da língua quando seu representante “descobriu” o Sport, no nordeste brasileiro. A princípio, a animação de jogar no Brasil veio por causa das praias e do povo hospitaleiro, alegre. “Algumas colegas minhas já tinham desistido de jogar basquete. Lá, no Texas, eu tinha dois empregos e ainda treinava. Foi quando meu representante perguntou se gostaria de jogar no Brasil. Na hora quis vir”, contou a atleta, que fugiu um pouco do curso normal das jogadoras norte-americanas que sempre optam por atuar na Europa.
Chegando ao Recife, Skylar foi bem recebida e o salário que vem recebendo do Sport bate os dois vencimentos que recebia como atendente em um restaurante e uma agência de venda de tickets. A saudade da família também foi contornada. Há mais de um mês em solo pernambucano, ela conta que no começo foi difícil ficar longe dos pais e dos três irmãos. “Não foi nada fácil dizer até breve. Mas meus pais sempre souberam do meu desejo de jogar fora dos Estados Unidos. Então, eles me apoiaram”, contou Sky, que com a vinda para o Brasil precisou interromper os estudos na Texas A+M University.

Fonte: Superesportes

2 comentários:

Henrique Baptista Silva disse...

Desejo boa sorte para ela nesse aprendizado. E que desta forma ela consiga sorver com maior facilidade toda a informação passada pelo grupo. Aprender português é uma tarefa difícil demais! Não conseguimos avaliar,porque já temos o privilégio de viver aqui. Mas a língua portuguesa é uma das mais complexas,perfeitas e difíceis do mundo. Por exemplo. A língua alemã quase não possui palavras homônimas. Mas a nossa é melhor. A francesa tem mais verbos que a portuguesa,mas não exprime com a mesma exatidão as intenções. A inglesa,então... nem preciso dizer. É uma das mais pobres do mundo,apesar de útil. E essa disparidade entre o inglês e o português irão tornar o aprendizado desta jogadora uma missão muito mais díficil na aula do que nas quadras.

Anônimo disse...

Good luck, Sky.
Welcome in Brazil.

Zé ruela - Catanduva